"Album covers map" é um mapa criado a partir do Goggle Maps que indica em que local do mundo foram feitas as fotografias que estampam capas de disco as mais diversas.
O mapa mostra, por exemplo, que a capa do single "Foot of the Mountain", do A-Ha, foi feita aqui no Brasil, mais precisamente na ponte estaiada, em São Paulo. Já a capa de "Combat Rock", do The Clash, foi feita na estrada de Phetchaburi, em Bangkok, na Tailândia.
A iniciativa é da revista britânica The Word, em colaboração com seus leitores e qualquer internauta que queira adicionar um álbum ao mapa.
Que se dane a música. Que se dane o que a letra diz. É o gênero musical - e todos os valores que estão em torno dele - que vai fazer a gente gostar do som, ou não. Bom para pensar, não?
Conforme prometi no post de ontem, falo hoje de um estudo que quantificou recorrências de palavras na música brasileira - mais especificamente, as rimas mais usadas pelos compositores. Apesar de ser meio antiguinho o trabalho, vale a pena falar para quem ainda não conhece.
O estudo em questão é "É o amor - Lugares-comuns na música brasileira por suas rimas", trabalho de conclusão de curso feito em 2007 pelo então estudante de jornalismo pela USP Gustavo Martins. Ele analisou 3.073 rimas dentre as músicas brasileiras que estiveram entre as cem mais tocadas nas rádios entre 2001 e 2005 e concluiu: o par "assim/mim" é o preferido na hora de rimar. Nas contas de Gustavo, uma música em cada oito tem a referida rima em seus versos. "Preciso te Amar", do Grupo Revelação, lançada em 2003, serviu de exemplo:
"Vem pra mim
Não faz assim
Dê logo um fim nessa tortura
Nosso romance tem que se eternizar"
A praticidade em usar as duas palavras, por muitas das vezes elas não representarem o foco semântico da composição, e a valorização do indivíduo em relação ao coletivo explicariam a preponderância de composições que focam no "eu".
Na sequência de rimas campeãs de utilização vem "coração/paixão", "dizer/você", "fim/mim", "esquecer/você", "coração/solidão", "ver/você", "amor/dor", "assim/fim", "carinho/sozinho", "coração/mão".
Você de novo
O estudo também contabilizou os verbos mais usados e as palavras mais recorrentes na hora de rimar. No primeiro caso, os que mais se repetem são: amar, encontrar, ver, esquecer e falar. Quanto às palavras, adivinhem só, assim como no caso dos Beatles, "você" está no topo da lista. Em seguida vem coração, amor, mim, assim.
Em homenagem a "você", duas músicas cujos versos fazem pensar nessa relação de obsessão com "você" (uma, inclusive, usa também o par de rimas mais usado no repertório nacional):
O jornal britânico The Guardian se deu ao trabalho de quantificar, dentre todas as músicas gravadas pelos Beatles, quais as palavras mais usadas pelos Fab Four. O resultado: em meio às 300 letras analisadas, "you" ("você") é a mais recorrente no repertório da Banda, com 2.262 registros. Bem atrás, em segundo lugar, vem "I" ("eu"), com 1.736 registros. "The" (o/a, os/as), "to" (para) e "me" (mim) fecham o top five.
Virando a lista de ponta-cabeça, há uma série de termos usados uma única vez, como Wilson, "velvet" (veludo) e Ukraine (Ucrânia). No meio dessas palavras solitárias, curiosamente está "woman" (mulher). Mesmo tendo falado muito de amor ("love" ocupa o oitavo lugar da lista, com 613 ocorrências), parece que os rapazes de Liverpool dedicavam este sentimento mais às garotas ("girl" aparece 170 vezes). Prefeririam eles as mocinhas às mulheres maduras?
A propósito, a música em que os Beatles usam a palavra mulher é "She's a Woman", lado b do single de "I feel fine".
O House do título é aquele mesmo que você está pensando: o médico mal humorado, sarcástico e politicamente incorreto protagonista da série que leva seu nome, Dr. House. Nas cenas abaixo, ele chacoalha os quadris, mexe os pés e se rende ao samba.
"Má como??", você pergunta.
É que, na verdade, as imagens são trechos de um filme que Hugh Laurie, intérprete de House, gravou em 2001, chamado "Girl From Rio". Nele, o personagem de Laurie descobre que sua esposa o traía com seu chefe e decide vir para o Rio viver uma aventura. Mas, a essa altura do campeonato, não importa mais quem Laurie interpretava. Laurie é House e House é Laurie.
Olha o House aí gente!!!! (Em plena quadra do Salgueiro)
Neste trecho do filme, House dança ao som de ninguém mais, ninguém menos que Terra Samba.
O que ele achou disso tudo?
Em entrevista à Folha, House, ops, Laurie falou sobre a experiência de (tentar) aprender a sambar para interpretar o personagem. Depois de ter aulas por três semanas com um casal de dançarinos brasileiros, ele chegou à seguinte conclusão:
"Se em algum momento você sentir que precisa ser colocado para baixo, precisa reduzir sua confiança física, tente dançar entre dois brasileiros na frente de um espelho. Eles eram duas das pessoas mais bonitas que já vi na vida, e no meio havia aquele homem que parecia estar caindo da escada".