A Levi's esqueceu um pouquinho da moda para fazer um agrado aos fãs de música. O presentinho é o projeto Pioneer Sessions, no qual artistas da novíssima geração são convidados para fazer novas versões de músicas que os influenciaram. São 13 artistas de vertentes diferentes da música, desde representantes do pop feliz, como Jason Mars, até o indie cult She & Him.
Um nome que eu não conhecia e me agradou muito foi o Bomba Stereo, da Colômbia, que toca electro e fez sua versão para a música "Pump Up the Jam", hit do final dos anos 80 do Technotronic, mais conhecida entre nós, brasileiros, como "Poperô".
A página do projeto tem todas as músicas para download. No YouTube, tem um canal com vídeos dos bastidores de cada gravação.
27 de jul. de 2010
20 de jul. de 2010
A nova Billboard
Depois de sustentar por cerca de três meses a marca de vídeo mais visto da história do YouTube, o clipe de "Bad Romance", de Lady Gaga, que havia atingido 180 milhões de visualizações em abril, perdeu o recorde na última semana para "Baby", de Justin Bieber. O clipe do menininho chegou a 246 milhoes de views, ultrapassando as 245, 5 milhões de visualizações que o clipe de Lady Gaga havia conseguido atingir depois do recorde de abril.
Mais que medir a popularidade das duas mais recentes sensações do pop mundial, os números apontam para uma situação que, apesar de cada vez mais consistente, passa desapercebida em função da pressa e da velocidade com as quais esses feitos são anunciados na internet.
Daqui para a frente, os critérios de medição da fama no mundo da música saem das rádios e das lojas de discos para entrarem no mundo virtual, feito de cliques e views. Nesse sentido, a parada da Billboard, que desde a década de 50 tem sido a grande referência do mundo pop para apontar quem faz sucesso, vai perdendo o sentido de sua existência, pelo menos se continuar no formato atual, baseado no que as lojas vendem e no que as rádios tocam. Perde mais sentido ainda se considerarmos que essa parada sempre foi baseada em dados do mercado norte-americano e europeu, diferentemente da parada feita de cliques e views, que quantifica o sucesso sem limitações geográficas. É, portanto, mais descentralizada e, acredito, mais fiel ao que de fato o mundo anda consumindo em termos musicais.
Vivemos uma nova ordem mundial no mundo pop.
Mais que medir a popularidade das duas mais recentes sensações do pop mundial, os números apontam para uma situação que, apesar de cada vez mais consistente, passa desapercebida em função da pressa e da velocidade com as quais esses feitos são anunciados na internet.
Daqui para a frente, os critérios de medição da fama no mundo da música saem das rádios e das lojas de discos para entrarem no mundo virtual, feito de cliques e views. Nesse sentido, a parada da Billboard, que desde a década de 50 tem sido a grande referência do mundo pop para apontar quem faz sucesso, vai perdendo o sentido de sua existência, pelo menos se continuar no formato atual, baseado no que as lojas vendem e no que as rádios tocam. Perde mais sentido ainda se considerarmos que essa parada sempre foi baseada em dados do mercado norte-americano e europeu, diferentemente da parada feita de cliques e views, que quantifica o sucesso sem limitações geográficas. É, portanto, mais descentralizada e, acredito, mais fiel ao que de fato o mundo anda consumindo em termos musicais.
Vivemos uma nova ordem mundial no mundo pop.
19 de jul. de 2010
Sobre bobagens e Beatles
No último sábado assisti ao show "All You Need is Love e Orquestra", do qual falei aqui no blog na semana passada, e que faz um passeio cronológico por toda a história dos Beatles, tanto musicalmente quanto visualmente, com direito a trocas de figurino a cada mudança de fase dos fab four.
Grande fã de Beatles, nunca fui afeita a shows de bandas cover, seja dos ingleses, seja de qualquer outro grupo o qual eu admire. Ao vivo, só se for os originais ou, no mínimo, um registro em vídeo decente de alguma boa apresentação. Fui porque ganhei o ingresso, uma oportunidade que não fazia sentido rejeitar.
Apesar da expectativa contida em relação ao show, confesso que ele mexeu com meus sentimentos em relação a John e companhia. Com o show, definitivamente caiu a ficha daquilo que eu já sentia inconscientemente: os fãs de Beatles somos e sempre seremos carentes da experiência ao vivo com a banda, ainda que em vídeo. Além de o quarteto ter parado de fazer shows muito cedo, os registros de shows existentes são poucos, fragmentados, de baixa qualidade e não abrangem a fase mais brilhante da banda, excluindo de nós a possibilidade de sentir a emoção provocada pela execução ao vivo, totalmente distinta daquela sentida quando se ouve uma gravação de estúdio, por melhor que ela seja.
Durante o show, ao mesmo tempo em que constatava essa carência, decidia reconsiderar minhas restrições em relação ao cover e, com um esforço de imaginação e desprendimento, experimentava um pouquinho dessa emoção impossível para um fã de Beatles. O esforço de verossimilhança dos músicos no palco ajudava: além do figurino (que foi dos terninhos da fase iê-iê-iê às batas psicodélicas de Magical Mystery Tour, passando pelas fardas de Sgt. Peppers), os músicos conversam com o público em inglês, fazem movimentos característicos (como a clássica tremidinha da cabeça que Paul fazia nos primeiros anos da banda) e são acompanhados de um maestro que, representando George Martin, rege uma orquestra (que fez toda a diferença em "A Day in the Life").
Aqueles no palco não eram John, Paul, George e Ringo, mas não há fã que, diante de uma lacuna que jamais será preenchida, não se entregue à ilusão para se deliciar com a crença de que era mesmo Paul quem estava sentado ao piano berrando os versos de "Oh! Darling". Por duas horas, num Chevrolet Hall lotado, vivi, como uma criança ingênua, o impossível.
Bobagens que só quem é fã entende.
15 de jul. de 2010
All we need is Beatles*
"All You Need is Love e Orquestra" é o nome do espetáculo em homenagem aos Beatles que chega a BH amanhã (16), mas ele poderia se chamar "Magical Mistery Tour". O show faz mágica ao revisitar os sete anos de carreira dos Beatles em duas horas e repertório de mais de 60 músicas.
Excursionando pelo país desde janeiro, o show coincide com a celebração dos 50 anos de surgimento da banda de Liverpool, mas não foi concebido visando a efeméride. "Tocávamos em várias bandas cover dos Beatles, mas resolvemos parar e montar um super espetáculo. O cover está muito marginalizado e perde muita qualidade por isso", argumenta César Kiles, intérprete de Paul McCartney no show, que garante que "All You Need is Love" vai além do cover. "Nós reproduzimos as músicas extamente como os Beatles faziam e com os mesmos instrumentos", garante. A promessa é de proporcionar uma imersão no universo dos Beatles, com projeções e detalhes dignos de beatlemaníaco, como botas feitas pelo mesmo sapateiro da banda e diálogos entre uma música e outra, em inglês com sotaque britânico.
O musical também homenageia um nome fundamental da história do quarteto, o produtor George Martin, considerado o quinto beatle por ter ajudado a lapidar o som da banda. Com atuação limitada ao estúdio na vida real, no show Martin é levado para o palco. O músico Anselmo Ubiratan interpreta o produtor, regendo a orquestra que acompanha a banda. "O que ele fazia no estúdio, a gente faz ao vivo no show", compara César.
Graças aos direitos de gravação e comercialização da obra dos Beatles obtida pelos músicos brasileiros, "All You Need is Love" também está registrado num DVD triplo.
*Esta é uma versão maior de nota publicada na edição de 10-07 do Jornal Pampulha
14 de jul. de 2010
A cara (e o temperamento) dos pais
Pelo visto, não foram só as feições que Frances Bean Cobain herdou dos pais Kurt e Courtney. A mente perturbada também veio inclusa no pacote genético, como comprovam os desenhos feitos pela moça que hoje tem 17 anos.
Frances os assina sob o pseudônimo Fiddle Tim e os exibe, neste momento, na mostra Scumfuck, em Los Angeles.
O título do desenho abaixo empresta o nome à exposição.
Mais imagens aqui.
Frances os assina sob o pseudônimo Fiddle Tim e os exibe, neste momento, na mostra Scumfuck, em Los Angeles.
O título do desenho abaixo empresta o nome à exposição.
Mais imagens aqui.
13 de jul. de 2010
Flashrock em BH
Dead Lover's Twisted Heart, PROA , Fusile, The Hell's Kitchen Project, Monno, Macaco Bong e Black Drawing Chalks tocam hoje (13) em BH, a partir das 21h, no Lapa Multishow, em comemoração ao Dia Mundial do Rock. O festival relâmpago é o Flashrock, organizado pela Converse, e que já ocorreu em Porto Alegre, no Rio e em São Paulo, nos últimos três anos.
Quem estiver em BH e quiser ir, deve ir para a Praça da Savassi, onde os ingressos vão ser distribuídos, a partir das 18h30.
Sessentão
No meio de tanta gente nova, não custa lembrar que este senhor chamado rock 'n' roll é bom e velho, com todo respeito.
Quem estiver em BH e quiser ir, deve ir para a Praça da Savassi, onde os ingressos vão ser distribuídos, a partir das 18h30.
Sessentão
No meio de tanta gente nova, não custa lembrar que este senhor chamado rock 'n' roll é bom e velho, com todo respeito.
11 de jul. de 2010
O pop da Copa
Para tentar preencher o vazio que começa a se formar com o fim da Copa, o jeito é tentar explorar o assunto por onde der. Abaixo, a lista de seis* fatos que deixaram este Mundial mais pop - dinâmico, descolado, popular e tantos outros sentidos que o termo pode sugerir.
Numa Copa cheia de zica - França e Itália caindo na primeira fase, Eslováquia chegando às oitavas e Inglaterra capenga, só para ficar nos poucos exemplos, nada mais natural que um polvo acertar todos os palpites e elevar ao ridículo nossas crenças em coincidências que não provam nada, nossas apostas no bolão e a credibilidade de comentaristas esportisvos
No extremo oposto do Polvo Paul, Mick Jagger foi a seta que apontou para a derrota nesta Copa. Presente nas torcidas de EUA, Inglaterra e Argentina no mata-mata, viu todas estas seleções irem para a casa. O Brasil, com seu poder único de pentacampeão, resistiu à presença de Jagger em sua torcida na partida contra o Chile, mas não suportou a força do pé frio uma segunda vez, quando o cantor reapareceu torcendo para nossa seleção no jogo contra a Holanda. Anybody but the Spanish could get satisfaction.
A gracinha feita pelo You Tube escancara o aspecto "você não vale nada, mas eu gosto de você" da nossa relação com a vuvuzela: enche o saco, mas faz falta. Atire a primeira pedra quem não apertou a bolinha do player do You Tube voluntariamente SÓ para se sentir incomodado com o barulho da cornetinha hit da Copa.
Torcer para a Argentina em troca de um showzinho do Oasis ou se conformar definitivamente com o fim da banda e sua ausência dos palcos? O melhor do mundo que não fez gol na Copa deixou os fãs brasileiros do Oasis numa encruzilhada. Depois de ser apresentado ao som dos ingleses pelo colega de seleção Carlitos Tevez e pirar com a banda que um dia foi de Liam e Noel, Messi afirmou que pagaria o que fosse necessário para juntar a banda novamente e colocá-la para tocar na festa de comemoração do título argentino. Klose e cia. resolveram o problema pra nós.
Tudo bem que foi a Coca Cola que nos enfiou goela abaixo a música do K'naan, mas reconheçamos o potencial pop de Wavin' Flag. Tocou (muito) antes, durante e depois da Copa, ganhou versão aportuguesada com o Skank (hitmakers natos) e, consequentemente, grudou na cabeça de todo mundo. Daqui a 10 anos você vai ouvir essa música e não vai ter outra lembrança senão a Copa da África do Sul. Fato.
Até o ano passado, emplacar um assunto nos Trending Topics era a glória máxima que o Brasil podia alcançar no Twitter - lembram-se dos incríveis #mussumday, Yes we créu e #zemayerfacts? Nesta Copa, fomos muito mais longe. Enganamos o mundo inteiro inventando uma suposta campanha para salvar uma espécie de pássaro nativa, que teria até o apoio de Lady Gaga, que gravaria um single. O maior trote que o mundo já levou em 140 caracteres.
*Por que seis? Porque a Copa acaba, mas a expectativa pelo hexa continua.
Polvo Paul e os 100% de aproveitamento
Numa Copa cheia de zica - França e Itália caindo na primeira fase, Eslováquia chegando às oitavas e Inglaterra capenga, só para ficar nos poucos exemplos, nada mais natural que um polvo acertar todos os palpites e elevar ao ridículo nossas crenças em coincidências que não provam nada, nossas apostas no bolão e a credibilidade de comentaristas esportisvos
No extremo oposto do Polvo Paul, Mick Jagger foi a seta que apontou para a derrota nesta Copa. Presente nas torcidas de EUA, Inglaterra e Argentina no mata-mata, viu todas estas seleções irem para a casa. O Brasil, com seu poder único de pentacampeão, resistiu à presença de Jagger em sua torcida na partida contra o Chile, mas não suportou a força do pé frio uma segunda vez, quando o cantor reapareceu torcendo para nossa seleção no jogo contra a Holanda. Anybody but the Spanish could get satisfaction.
Botão vuvuzela nos players do You Tube
A gracinha feita pelo You Tube escancara o aspecto "você não vale nada, mas eu gosto de você" da nossa relação com a vuvuzela: enche o saco, mas faz falta. Atire a primeira pedra quem não apertou a bolinha do player do You Tube voluntariamente SÓ para se sentir incomodado com o barulho da cornetinha hit da Copa.
Torcer para a Argentina em troca de um showzinho do Oasis ou se conformar definitivamente com o fim da banda e sua ausência dos palcos? O melhor do mundo que não fez gol na Copa deixou os fãs brasileiros do Oasis numa encruzilhada. Depois de ser apresentado ao som dos ingleses pelo colega de seleção Carlitos Tevez e pirar com a banda que um dia foi de Liam e Noel, Messi afirmou que pagaria o que fosse necessário para juntar a banda novamente e colocá-la para tocar na festa de comemoração do título argentino. Klose e cia. resolveram o problema pra nós.
O sucesso de Wavin' Flag
Tudo bem que foi a Coca Cola que nos enfiou goela abaixo a música do K'naan, mas reconheçamos o potencial pop de Wavin' Flag. Tocou (muito) antes, durante e depois da Copa, ganhou versão aportuguesada com o Skank (hitmakers natos) e, consequentemente, grudou na cabeça de todo mundo. Daqui a 10 anos você vai ouvir essa música e não vai ter outra lembrança senão a Copa da África do Sul. Fato.
Cala a boca, Galvão = Save Galvão birds
Até o ano passado, emplacar um assunto nos Trending Topics era a glória máxima que o Brasil podia alcançar no Twitter - lembram-se dos incríveis #mussumday, Yes we créu e #zemayerfacts? Nesta Copa, fomos muito mais longe. Enganamos o mundo inteiro inventando uma suposta campanha para salvar uma espécie de pássaro nativa, que teria até o apoio de Lady Gaga, que gravaria um single. O maior trote que o mundo já levou em 140 caracteres.
*Por que seis? Porque a Copa acaba, mas a expectativa pelo hexa continua.
9 de jul. de 2010
Favela on Blast
Favela On Blast - Official Trailer from Mad Decent on Vimeo.
Nos próximos sete dias, a contar de hoje, o documentário "Favela on Blast", sobre o funk carioca, dirigido pelo DJ Diplo (americano que ajudou a espalhar o funk por algumas baladas mundo afora), estará disponível em streaming, para quem quiser assistir, no pitchfork.tv.
No dia 20 de julho, o documentário será lançado em DVD e também poderá ser baixado, no mesmo site.
5 de jul. de 2010
Só dá ela
Esqueça Klose, Villa e Suarez. Quer dizer, não esqueça, mas junte a estes nomes da Copa da África do Sul mais um: vuvuzela. No melhor estilo "você não vale nada, mas eu gosto de você", a cornetinha onipresente já vem ensaiando sua entrada para a posteridade ao virar "musa inspiradora" de músicas, do jeito que merece, claro: com muito deboche e espirituosidade. Só assim para aturá-la, né?
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