3 notas sobre a morte de David Bowie

O que eu trouxe na bagagem da Colômbia

A(s) pergunta(s) que eu não fiz para Steve Aoki

25 de out. de 2010


Não disse que não é preciso mais correr atrás de música, já que ela vem, gratuita, até nós? Entrei do El País e com o que o bondoso jornal me presenteia? O novo disco de Bryan Ferry, Olympia, que é digno da elegância e glamour pela qual este senhor ficou conhecido e de toda a deliciosa breguice que isso implica.

Para ouvir, clique na capa do disco, uma versão século XXI para a Olympia de Manet encarnada por Kate Moss.

15 de out. de 2010

Já falei aqui da dupla colombiana Bomba Estereo neste post, quando os ouvi pela primeira vez. Volto a falar novamente, porque, nestes últimos dias, eles têm sido, para mim, "a melhor banda de todos os tempos da última semana". Afinal, uma dupla que define a música que faz como "canção popular melodramática/electro/folclórica" é, no mínimo, instigante.



Ouçam: www.myspace.com/bombaestereo

13 de out. de 2010

Ontem, numa terça-feira bem britânica - frio e nublado; só faltou a chuva -, o Echo & the Bunnymen tocou em BH, saldando a dívida deixada em 2006 - naquele ano, a banda agendou shows em várias cidades, incluindo BH. Por problemas de última hora, as apresentações foram canceladas. Posteriormente, as datas foram remarcadas, mas belzonte ficou de fora. Todos os hits estiveram presentes no show: "Bringing Down the Dancing Horses", "The Cutter", "Lips Like Sugar" e "The Killing Moon" - óbvio. Só faltou encher a casa.

Quando entrei no Chevrolet Hall, me deparei com longas faixas pretas presas entre o teto e a arquibancada, "decoração" já repetida em outras ocasiões, como os shows do Placebo e do Interpol. Já era o primeiro sinal de que a casa não lotaria - como não havia gente suficiente para preencher as arquibancadas, as faixas cobriram o local. Bastou olhar para a pista para confirmar a suposição: o público ocupava metade do espaço, mas há que se considerar que boa parte dele estava bastante "espalhada".

Tenho duas hipóteses para tentar entender esse show metade vazio:

1)O público de BH, com a preguiça do final do feriado, preferiu não comparecer
2)O Chevrolet era grande demais para o Echo

A primeira hipótese reforça o clichê de que o público de BH reclama que não recebe tantos shows quanto São Paulo ou Rio, mas não comparece quando um ou outro artista vem aqui. Tendo a descartá-la, porque ela não é uma constante. Em março, o A-Ha lotou o mesmo Chevrolet Hall. Lauryn Hill não abarrotou a casa, mas conseguiu esgotar o primeiro lote. Nando Reis e Mart'nália, que só tocam daqui a dez dias, há mais de uma semana esgotaram três lotes da pista e um da arquibancada.

Sobra, então, a hipótese número 2, que pode ser colocada em outros termos: "O Echo não tem um público suficientemente grande em BH". Reconheçamos, o Echo não é uma banda que arrasta multidões. Obviamente, isso não impede a realização de um show. Basta que se faça a apresentação em um local menor, para que se evite o constrangimento de se receber a banda em uma casa onde o só falta ouvir o canto dos grilos. Temos alternativas?

Lapa? Sem querer dicotomizar, num espectro que vai do underground ao mainstream, o Lapa se consolidou por fazer produções mais próximas do primeiro termo - mais independentes, de custo mais baixo. Music Hall? O Music Hall caminhava para o segundo termo, e poderia ser uma alternativa para este caso, mas a perda de patrocínio obrigou a casa a se voltar para o primeiro termo.

Conclusão: quando o problema não é o público, é a falta de espaços adequados para determinados tipos de shows. Sai desse mato sem cachorro, BH!

PS: Considero que este blábláblá também se aplica ao natimorto show do Air, que ocorreria na próxima sexta (15), no mesmo Chevrolet, mas foi cancelado por baixas vendas. Não quer dizer que a dupla francesa não tenha público, apenas que superestimaram o tamanho deste. Enquanto aqui a banda tocaria num lugar com lotação de 5.800 pessoas, por exemplo, no Rio - onde o show continua marcado - o Air se apresenta no Circo Voador, com capacidade muito mais modesta e adequada para o seu público: 2500 pessoas.

12 de out. de 2010

Passatempo para o feriado:

1)Acesse o YouTube
2)Digite "seu madruga cantando" na caixa de busca
3)Have fun

5 de out. de 2010

No início do ano, fiz um post sobre a polêmica provocada por uma campanha da Citroën veiculada no Reino Unido. Ela usava imagens de John Lennon nas quais o beatle falava sobre a necessidade de inovação e condenava ondas que copiavam o passado. As ideias casavam justamente com a mensagem da campanha, que era apresentar um carro moderno e "anti-retro". Muita gente questionou a veracidade dessa fala, sugerindo que o vídeo havia sido alterado. Realmente, foi. Alguém encontrou as imagens originais, feitas para uma entrevista para a BBC. No trecho usado na propaganda, John fala, na verdade, sobre sua experiência ao escrever o livro "A Spaniard in the Works". Vejam e comparem.

1 de out. de 2010

Adoro esse pessoal que "desloca" as músicas de seu gênero original para outro totalmente diferente. Por isso, curti descobrir o Brad Mehldau.



Isso nasceu grunge. Virou jazz.
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