Dez anos depois, poucos dias antes de completar-se uma década do ataque, a WNYC, rede pública de rádio de Nova York, fez o caminho oposto: perguntou aos seus ouvintes quais músicas gostariam de ouvir no próximo dia 11, que inevitável e exaustivamente será lembrado no país de Obama nos próximos dias.
Na lista de dez anos atrás, a da censura, algumas músicas traziam palavras que remetiam a choque/colisão, como "Crash Into Me", do Dave Matthews Band. Outras remetiam a fogo, como "Great Balls of Fire", do Jerry Lee Lewis. Outras eram ironicamente contraditórias, como "Safe in New York City", do AC/DC. E havia também as músicas do Rage Against The Machine, que foram TODAS censuradas simplestemente por serem do Rage Against The Machine, críticos escancarados de muitas das posturas adotadas pelo governo dos EUA.
Desta vez, a lista, um top 10, tem composições com tons dramáticos e melancólicos (é o caso das peças de Brahms e Samuel Barber), outras patrióticas ("America the Beautiful", tradicional canção do século XIX que exalta o país e "The Rising", de Bruce Springsteen, porta-voz das mágoas dos norte-americanos no pós-11 de setembro, quando lançou disco homônimo refletindo sobre o ocorrido).
O destaque de toda a história fica por conta de "New York, New York", a famosa canção de Frank Sinatra convertida em hino extra-oficial da cidade. Censurada na lista de 2001, talvez por sensibilizar exageradamente os já fragilizados nova-iorquinos, o sucesso aparece também nas escolhas dos moradores da cidade para as celebrações deste ano, provavelmente para voltar a exercer sua função original: exaltar a Big Apple.
Veja aqui a lista das 150 músicas censuradas.
Ouça abaixo as dez músicas mais votadas pelos ouvintes de NY para se ouvir nos dez anos do 11/9:
*Uma versão deste texto também foi publicada na edição online do Jornal Pampulha de 10/09/11
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