8 de set. de 2011


"Rei" (Editora Toriba) é o nome da fotobiografia de Roberto Carlos que chega às livrarias em novembro. Fotos, documentos (como manuscritos de algumas composições) e intervenções gráficas contam a história de Roberto neste livro cercado de números: são 500 páginas, 25 quilos, 3 mil exemplares e o valor de R$6.500.

Acho maravilhoso um artista brasileiro ganhar uma obra desta envergadura - coisa já bastante comum lá fora. Também entendo a necessidade do mercado, seja ele de qual segmento for, de transformar o que vende em objeto de desejo se valendo de recursos diversos - neste caso, editando uma obra luxuosíssima e de acesso super restrito, seja no que se refere à tiragem, seja no que diz respeito ao valor. Mas é neste valor que mora o problema. Roberto é um rei com súditos populares, em sua maioria. Praticamente nenhum deles vai sequer sentir o cheiro desse livro - incluso eu.

Seria o caso, então, de seguir o exemplo de editoras como a alemã Taschen, especialista em livros de fotografia. Em muitos casos, uma edição de luxo, para colecionadores, de um mesmo livro é sempre acompanhada de uma edição dita comercial, com menos páginas, de menor tamanho e sem embalagem especial. Um lançamento recente sobre futebol americano, por exemplo, tem uma edição de U$50 e outra de U$1.800.

Para dar um exemplo mais próximo, ligado ao próprio rei, o show que Roberto fará aqui em BH no próximo dia 24 tem ingressos que variam de R$70 a R$650. O ingresso mais barato pode chegar a R$35 se considerarmos o desconto para estudantes e idosos. Fica a dica.

Para os pobres (literalmente) mortais, o site da editora disponibiliza uma galeria com imagens de algumas páginas do livro.

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