Quem acompanha o bafafá do mundo pop deve ter ficado sabendo que Beyoncé foi acusada de plagiar movimentos da coreografia criada pela belga Anne Teresa de Keersmaeker para o espetáculo "Rosas danst Rosas", em 1983, e considerado um dos mais influentes da dança contemporânea. Beyoncé admitiu ter usado alguns dos movimentos como referência. Pois fique sabendo:
1)A companhia belga Rosas, fundada por Anne Teresa, apresenta o espetáculo em questão no Brasil, em duas datas: nos dias 27 e 28 de outubro em São Paulo, no Sesc Pinheiros, às 21h, e dia 1º de novembro em BH, às 20h30, no Sesc Palladium, dentro da programação do Fórum Internacional de Dança (FID). Oportunidade para tirar a prova dos nove ao vivo.
2)Meses atrás, quando a equipe de Beyoncé estava, provavelmente, apenas sonhando em preparar a coreografia para o clipe de "Countdown", algumas mocinhas de um lugar da Europa que eu não consegui identificar levaram a célebre coreografia de Anne Teresa para o universo da diva pop-mor, Madonna, usando alguns dos movimentos de "Rosas danst Rosas" em "Like a Virgin". Pelo visto, a coreografia tem um apelo pop surpreendente para os padrões de linguagem da dança contemporânea.
Essas competições de nado sincronizado do Pan estão me saindo melhor que encomenda. Hoje de manhã, acompanhava a reprise da final de duplas quando me deparei com a performance das canadenses. As duas moças, com aqueles maiôs glamourosos e maquiagem e cabelo elegantérrimos que não se desmancham nem debaixo d'água, executaram a coreografia ao som de "Master of Puppets", com uma breve intervenção de "Enter Sandman", ambas do Metallica. Ganharam o ouro.
O clipe de "Doughnut", da banda norte-americana Parenthetical Girls, é daqueles feitos para bombar nesses tempos de internet. Para cada palavra da música, uma capa de disco correspondente, muitas delas paródias de capas famosas. Rola até uma paródia com a clássica capa de "Verde Que Te Quero Rosa", do Cartola. A concepção é do estúdio de desgin português Cãoceito. Todas as capas que aparecem no vídeo foram reunidas neste tumblr.
Estava assistindo hoje à tarde às finais do nado sincronizado no Pan de Guadalajara quando o locutor da Record mencionou o filme "Escola de Sereias", filme de 1944 que ajudou a popularizar o esporte em questão. Dei uma busca no YouTube e encontrei, dentre vários vídeos, este abaixo, que traz uma edição de imagens de Esther Williams, atleta norte-americana do nado sincronizado que estrelou "Escola de Sereias" e outros filmes da época, sempre em papéis que relacionados ao então desconhecido esporte, sempre muito glamourizado nas cenas que protagonizou.
As imagens acabaram puxando do fundo da minha memória o clipe de "Aeroplane", do Red Hot, que traz figurantes executando movimentos de nado sincronizado.
A Dior mergulhou todo seu glamour no mundo dos games clássicos para criar a nova campanha de seus produtos de beleza. Para casar com o clima modernete, a trilha é do La Roux: "Tigerlily".
Em pouco mais e um mês, em 29 de novembro, completam-se dez anos da morte do ex-beatle George Harrison, vítima de um câncer de pulmão. De maneira bastante estratégica, como exige este tipo de efeméride, é lançado hoje (10) em todo o mundo, depois de cinco anos de produção, o DVD de "Living in the Material World", documentário de Martin Scorsese sobre o guitarrista da banda inglesa que dispensa apresentações.
Lançamentos resultantes de celebrações de datas como essa costumam mobilizar mais os fãs, mas a cinebiografia que Scorsese acaba de entregar pode servir como uma bela carta de apresentação de George para quem conheceu os Beatles pegando carona apenas no mito em torno da banda, que muitas vezes faz da incontestável parceria Lennon/McCartney uma injusta sombra sobre a outra metade da banda. Ainda que muito rapidamente, o caçula dos Beatles é apresentado em sua infância e adolescência. Costurando depoimentos, Scorsese mostra como o garoto que garantiu sua vaga na banda graças à habilidade com a guitarra poderia ser hoje, para o senso comum, um compositor tão emblemático como John e Paul, mas não o se tornou porque seus dois parceiros pouco davam espaço para suas composições nos álbuns dos Beatles.
Aos beatlemaníacos, que inevitavelmente acompanharão histórias mais que conhecidas - o triângulo amoroso com Pattie Boyd e Eric Clapton, por exemplo - ficam reservados depoimentos mais pessoais do filho Dhani e da esposa Olivia, dos ex-companheiros Paul e Ringo (que chega a derramar lágrimas em determinado momento) e um tesouro: trechos do diário pessoal de George lidos por Dhani. Em um deles, o guitarrista descreve o dia em que deixou os Beatles.
O ídolo pop, porém, não é o foco maior do documentário. "Living in the Material World" (Vivendo no mundo material, em tradução livre) trata acima de tudo do garoto pobre, calmo e de olhar compenetrado que encontrou na fama, riqueza e reconhecimento trazidos pelos Beatles o ponto de partida para se transformar em uma pessoa de espiritualidade madura (elevada, diriam alguns), superior às frustrações e glórias de sua famosa banda e às dores e traumas provocadas pelo câncer e por um atentado sofrido em 1999, quando um maníaco invadiu sua casa e tentou matá-lo a facadas. Na música e filosofia indianas, como explora bem o filme, George encontrou o caminho para lidar com o mundo material.
As três horas e meia do documentário exigem um pouco de fôlego dos menos dispostos e menos curiosos, mas o ritmo da edição de Scorsese, que intercala depoimentos, imagens de arquivo pessoal e fotos raras dos primórdios dos Beatles facilitam o envolvimento com o filme. A recompensa ao final da maratona é descobrir, ou reforçar, que ao lado do carisma que Paul exala até hoje e da lenda que John virou por seu ativismo e cruel assassinato, esteve George com sua grandiosidade particular.
Pode tirar o cavalinho da chuva, montar nele e sair galopando desembestadamente ao som de "Guilherme Tell", ópera do século XIX composta pelo italiano Gioachino Rossini. Vai ser preciso ouvir alguns belos minutos de calmaria antes que chegue o famoso trecho que sempre nos remete às corridas de cavalo, mas vale muito a pena. É de Rossini a também famosíssima ópera "O Barbeiro de Sevilha", imortalizada por Pica-Pau, mas isso é assunto para outro post. Mais pop, impossível.
Kanye West entrou para o clube de cantores e músicos que se arriscam no design de moda. A quem interessar possa, ele lançou no fim de semana sua grife na poderosíssima semana de moda de Paris. Acho que se esqueceram de avisar pra ele que a temporada era das coleções de primavera e verão dada a quantidade de peças de couro, calças e mangas compridas, mas vale uma espiadinha se você tiver algum interesse por moda ou, ao menos, pelo alarde em torno da coisa. Veja a coleção completa aqui.
Achei esse look tão Teodora (personagem da Carolina Dieckmann em "Fina Estampa"). Será que Kanye andou vendo a novela das oito pra se inspirar?