Para quem esteve em Saturno nos últimos dias e não sabe, o jornal O Tempo revelou que o presidente da câmara de BH, Leo Burguês, utilizou parte da verba indenizatória, por mais de um ano, para comprar lanches no buffet da madrasta. Atento à repercussão do caso, o compositor Flávio Henrique escreveu uma marchinha fazendo troça do caso, batizada de "A Coxinha da Madrasta".
Tão logo virou hit e se espalho na internet, sinhozinho Burguês acionou seu advogado para que Flávio retirasse a gravação da internet, num ato de duplo anacronismo: pela tentativa de censura e por achar que as coisas somem da internet. Não, não somem. É como rabo de lagartixa, você corta e nasce outra vez. Multiplicado. E a proibição mal-sucedida só fez tudo ficar mais gostoso.
O fato é que a marchinha foi inscrita em um concurso realizado pela Banda Mole e está entre as dez finalistas - de um total de 52 enviadas. No próximo sábado, 4, quando ocorre o baile e a decisão, um juri vai escolher as três melhores e o público decidirá a vencedora. "A Coxinha da Madrasta" deve sagrar-se vitoriosa. A julgar pelos comentários na página do baile, ninguém quer cantar outra coisa no carnaval de rua da cidade - que vem sendo revitalizado, ao contrário dos planos do Burguês, que disse querer transformar a cidade em um local de retiro espiritual.
31 de jan. de 2012
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