30 de mai. de 2012
Cinco novinhas
Os Beach Boys estão de volta com "That's Why God Made the Radio" e o Guardian colocou cinco faixas desses disco novo para audição. Ouça aqui e sinta a brisa que ainda emana das músicas da turma do Brian Wilson.
29 de mai. de 2012
Sempre Madonna
Caiu na internet o vídeo de um ensaio de Madonna para a próxima turnê, MDNA. Nele, ela canta "Express Yourself" e emenda com "Born This Way", música de Lady Gaga com uma melodia parecidíssima com a primeira. A sequência é arrematada com "She's Not Me". O medley foi interpretado como uma alfinetada daquelas contra Gaga. Eu acho que sim. E também acho que não. "She's Not Me" é um recado bem direto. Incorporar "Born This Way" a "Express Yourself" pode servir para indicar a escancarada semelhança de ambas as músicas, mas também pode ser uma citação honrosa a Gaga - ninguém vai fazer publicidade da concorrência assim tão gratuitamente. A única certeza é que Madonna continua das boas, fazendo música e polêmica, tudo junto e misturado, como tem sido desde sempre.
28 de mai. de 2012
Um parêntese histórico
Enquanto eu nem imaginava que do lado de fora do Parque da Independência, ontem (domingo, 27) em São Paulo, a polícia dava mais um exemplo de elegância SÓ QUE NÃO pra cima do público que tentava entrar para ver o show do Franz, dentro do Festival Cultura Inglesa, só uma coisa tirava minha atenção do show e da elegância do Nick: quem é este ser que estampa o cenário do palco da banda?
Não é o seu Francisco Ferdinando, como a princípio eu pensei. Ele tinha um baita de um bigode. O moço da imagem é Gavrilo Princip, estudante iugoslavo que matou o arquiduque austríaco - episódio considerado um dos estopins da primeira guerra. Vítima e algoz unidos décadas depois na indielândia. Fim do parêntese histórico.
23 de mai. de 2012
A vontade é muita de ver a adaptação de "O Grande Gatsby" para o cinema, mas trailers sempre dizem muito pouco - ao menos pra mim. Por outro lado, a trilha me abriu enormes expectativas. Jack White esguelando "Love is Blindness", do U2, deu um outro tom pra história que parece sempre se passar ao som de jazz: nada de glamour, muito drama, parece.
22 de mai. de 2012
Tá na hora de brincar
Depois do Pac Man na tela da super poderosa página de música (em comemoração aos 30 anos de criação do jogo) e da guitarra em que era possível executar os clássicos da cultura pop com o teclado (no aniversário de Les Paul), o Google coloca no ar mais um doodle para ameaçar nossa produtividade: um sintetizador em que é possível tocar e gravar qualquer composição - e ainda compartilhar o resultado naquele rede social deles que ninguém usa.
O brinquedinho vai estar disponível para o lado oeste do planeta só amanhã, quarta-feira, 23, dia de nascimento de Robert Moog, dono do invento. Mas acessando a página do Google da Austrália, à nossa frente no relógio, já é possível dar início ao vício. Vá lá: http://www.google.com.au/
Dois novos acervos
A quem interessar possa, recentemente duas vastas coleções de discos ganharam acervos digitais. No mínimo, duas novas boas fontes de pesquisa e, por que não, de diversão também. A saber:
1)John Peel
De maneira bastante atrativa, o acervo digital do lendário locutor da Radio 1 da BBC foi construído de modo a simular o modo de manuseio do acervo físico. Os discos são visualizados em estantes e o deslize do mouse se assemelha ao deslize dos dedos que procuram por algum vinil em especial. Até outubro, mais de dois mil discos vão ser incluídos no site - apenas uma pequena amostra do universo de mais de 60 mil. Para cada álbum existe a visualização da capa e contracapa, além de um scan da ficha de dados originalmente datilografada por Peel. É possível ouvir algumas das faixas, mas somente no Spotify (serviço ainda não disponível no Brasil). Fotos pessoais, trechos de programas de rádio (que podem ser ouvidos via SoundCloud, serviço sem restrições geográficas) e vídeos completam o site.
Vá lá: http://thespace.org/content/s000004u/index.html
2)Acervo UnB
Mais burocrático na apresentação se comparado com os tesouros de John Peel, o acervo digitalizado da Biblioteca Central da UnB já colocou na rede aproximadamente dois mil dos seis mil discos do acervo físico. Para cada disco, há informações sobre nome do artista, data de lançamento e faixas. A busca pode ser feita por nome ou por categorias. Há tags já esperadas, como MPB, jazz e rock, mas algumas surpreendentes, como "Música Regional - Búlgara" e "Trilha Internacional de Novelas". Ouvir alguma coisa, só mesmo in loco, lá em Brasília.
Vá lá: http://connect.collectorz.com/users/gid/music/view
1)John Peel
De maneira bastante atrativa, o acervo digital do lendário locutor da Radio 1 da BBC foi construído de modo a simular o modo de manuseio do acervo físico. Os discos são visualizados em estantes e o deslize do mouse se assemelha ao deslize dos dedos que procuram por algum vinil em especial. Até outubro, mais de dois mil discos vão ser incluídos no site - apenas uma pequena amostra do universo de mais de 60 mil. Para cada álbum existe a visualização da capa e contracapa, além de um scan da ficha de dados originalmente datilografada por Peel. É possível ouvir algumas das faixas, mas somente no Spotify (serviço ainda não disponível no Brasil). Fotos pessoais, trechos de programas de rádio (que podem ser ouvidos via SoundCloud, serviço sem restrições geográficas) e vídeos completam o site.
Vá lá: http://thespace.org/content/s000004u/index.html
2)Acervo UnB
Mais burocrático na apresentação se comparado com os tesouros de John Peel, o acervo digitalizado da Biblioteca Central da UnB já colocou na rede aproximadamente dois mil dos seis mil discos do acervo físico. Para cada disco, há informações sobre nome do artista, data de lançamento e faixas. A busca pode ser feita por nome ou por categorias. Há tags já esperadas, como MPB, jazz e rock, mas algumas surpreendentes, como "Música Regional - Búlgara" e "Trilha Internacional de Novelas". Ouvir alguma coisa, só mesmo in loco, lá em Brasília.
Vá lá: http://connect.collectorz.com/users/gid/music/view
21 de mai. de 2012
Londres 2012 promete (pelo menos pra mim)
Primeiro, Danny Boyle como diretor artístico e a dupla do Underworld como diretores musicais da cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres. Depois, um show com Duran Duran pra celebrar o início dos jogos, além da tentativa de colocar Paul e Led Zeppelin, dentre outros figurões da música pop inglesa também na abertura. Agora, logo no segundo dia da "turnê" de 70 dias que a tocha olímpica vai fazer pela Inglaterra, o objeto é carregado pelo Muse em Teignmouth, cidade natal da banda. Muito pop esses jogos, não?
17 de mai. de 2012
Quanto vale um holograma?
Holograma é a palavra do momento. Desde que o Tupac apareceu via projeção no show do Snoop Dogg, no Coachella, só se fala nas possibilidades de isso virar uma nova modalidade de turnê. É quase garantido que a versão tecnológica de Tupac comece uma série de shows. Michael Jackson pode ter o mesmo destino, apresentando-se ao lado dos Jackson 5, segundo afirmou um de seus irmãos, Jackie.
O fato é que a coisa poderia ter causado muito mais estardalhaço um tempo atrás. Em 2010, surgiu um boato de que Paul e Ringo se juntariam a hologramas de John e George para um show beneficente em Los Angeles. Nada mais foi divulgado desde então e não se sabe em que medida era só mesmo um boato ou um projeto de verdade. Pioneiros em uma série de ações, os Beatles perderam essa do holograma para o Tupac.
Uma questão que se impõe agora é a validade, em vários sentidos, de uma ferramenta dessas. Que sentido faz você sair de casa para ver uma projeção? Quanto você pagaria para ver um show nesse formato, tendo em vista que os custos de produção são muito menores? - Não há cachê, despesas com roadies, estadias, etc.
A discussão surgiu hoje em um dos grupos de que faço parte no Facebook e cheguei à seguinte conclusão, no caso específico dos Beatles: um show com hologramas de George e John + Paul e Ringo em carne osso não me convenceria. Forjaria uma reunião que nunca mais poderá acontecer e ainda por cima geraria um estranhíssimo anacronismo. Não dá para colocar o Paul de 70 anos para dividir o microfone com o John de 40 (o mais envelhecido possível que pode-se ter o John, que morreu com esta idade). Por outro lado, pagaria para ver a reconstituição de shows importantes da banda. Seria gratificante, por exemplo, se transformassem em holograma o show do Shea Stadium. Quem nunca pensou como seria a sensação de estar naquele show? Daria para passar por uma experiência mínima que fosse daquela louca noite de 1965. Enfim, viver experiências antes impossibilitadas pela barreira do passado é o caminho mais interessante que se abre com o bafafá em torno do holograma.
O fato é que a coisa poderia ter causado muito mais estardalhaço um tempo atrás. Em 2010, surgiu um boato de que Paul e Ringo se juntariam a hologramas de John e George para um show beneficente em Los Angeles. Nada mais foi divulgado desde então e não se sabe em que medida era só mesmo um boato ou um projeto de verdade. Pioneiros em uma série de ações, os Beatles perderam essa do holograma para o Tupac.
Uma questão que se impõe agora é a validade, em vários sentidos, de uma ferramenta dessas. Que sentido faz você sair de casa para ver uma projeção? Quanto você pagaria para ver um show nesse formato, tendo em vista que os custos de produção são muito menores? - Não há cachê, despesas com roadies, estadias, etc.
A discussão surgiu hoje em um dos grupos de que faço parte no Facebook e cheguei à seguinte conclusão, no caso específico dos Beatles: um show com hologramas de George e John + Paul e Ringo em carne osso não me convenceria. Forjaria uma reunião que nunca mais poderá acontecer e ainda por cima geraria um estranhíssimo anacronismo. Não dá para colocar o Paul de 70 anos para dividir o microfone com o John de 40 (o mais envelhecido possível que pode-se ter o John, que morreu com esta idade). Por outro lado, pagaria para ver a reconstituição de shows importantes da banda. Seria gratificante, por exemplo, se transformassem em holograma o show do Shea Stadium. Quem nunca pensou como seria a sensação de estar naquele show? Daria para passar por uma experiência mínima que fosse daquela louca noite de 1965. Enfim, viver experiências antes impossibilitadas pela barreira do passado é o caminho mais interessante que se abre com o bafafá em torno do holograma.
A playlist de Cameron
Quem diria. David Cameron, primeiro-ministro britânico, com aquela cara de almofadinha, mostra-se cada vez mais cool - ao menos no gosto musical. Nesta semana, ele declarou que seu álbum preferido de todos os tempos é "Dark Side of The Moon" e colocou músicas dos Smiths, Lana Del Rey e Killers dentre as suas favoritas. Cameron trouxe a público seu playlist por intermédio da campanha governamental "Music is Great Britain" , que pretende divulgar o melhor da música do Reino Unido por ocasião das Olimpíadas.
A se notar: "This Charming Man", dos Smiths, está no topo da lista, comprovando a predileção de Cameron pela banda de Morrissey. Tempos atrás, a banda até foi tema de um debate entre ele e uma deputada no parlamento. Johhny Marr deu piti e, via Twitter, proibiu Cameron de ser fã da banda mas, pelo visto, foi em vão.
Veja o "top 8" do primeiro-ministro:
1. The Smiths – This Charming Man
2. Lana Del Rey - Video Games
3. Mendelssohn – O for the wings of a dove
4. Pink Floyd – Money
5. The Killers – All These Things That I've Done
6. Radiohead – Fake Plastic Trees
7. Bob Dylan – Tangled Up In Blue
8. Benny Hill - Ernie
A se notar: "This Charming Man", dos Smiths, está no topo da lista, comprovando a predileção de Cameron pela banda de Morrissey. Tempos atrás, a banda até foi tema de um debate entre ele e uma deputada no parlamento. Johhny Marr deu piti e, via Twitter, proibiu Cameron de ser fã da banda mas, pelo visto, foi em vão.
Veja o "top 8" do primeiro-ministro:
1. The Smiths – This Charming Man
2. Lana Del Rey - Video Games
3. Mendelssohn – O for the wings of a dove
4. Pink Floyd – Money
5. The Killers – All These Things That I've Done
6. Radiohead – Fake Plastic Trees
7. Bob Dylan – Tangled Up In Blue
8. Benny Hill - Ernie
7 de mai. de 2012
Elvis no paraíso
Ao contrário do que a teoria da conspiração sempre quis fazer crer, Elvis morreu. Ao menos, assim o crê Stan Lee, que acaba de transpor para os quadrinhos a imaginária tentativa do rei do rock de passar pelos portões do paraíso e pela sabatina de Deus. A história, cujo teaser foi liberado no vídeo acima, faz parte da graphic novel "Graphic Elvis", que reúne quadrinhos de outros artistas em tributo aos 35 anos da morte do cantor, completados este ano. Apenas 2.500 cópias da obra serão vendidas, ao preço de US$195. Quem quiser, é só clicar aqui.
3 de mai. de 2012
A lírica dos Beatles*
Seja pela atemporalidade ou pela garantia quase certa de aceitação do público, o repertório dos Beatles se mostra fonte fértil para a linguagem do musical. Se já foram exploradas a plasticidade das imagens sugeridas pelas canções no filme “Across the Universe” e personagens de algumas canções, como Eleanor Rigby e o Sargento Pimenta, ganham vida no espetáculo “Love”, do Cirque du Soleil, é a lírica dos fab four que está no centro das atenções em “Beatles Num Céu de Diamantes”.
O musical, vencedor do prêmio Shell de 2009 pelo melhor arranjo vocal e instrumental, estará em cartaz na cidade nos dias 5 (sábado) e 6 (domingo), no Palácio das Artes, dando início a uma turnê nacional quatro anos após sua estreia, no Rio.
“É um espetáculo muito rico vocalmente. Não é cover. A gente faz uma releitura de músicas dos Beatles. Claro que as pessoas vão reconhecer todas as músicas, mas vão reconhecer com outra riqueza vocal. Ele dá prioridade para outras vozes cantarem Beatles: são tons diferentes de voz, tem mulheres cantando”, antecipa Gottsha, uma das atrizes-cantoras do elenco que soma dez pessoas no palco.
Todo o esforço é direcionado para que as vozes fiquem em evidência. Os recursos cênicos são mínimos: apenas objetos simples, como guarda-chuvas, malas, giz e bolhas de sabão são utilizados. As cerca de 50 músicas dos ingleses selecionadas para o espetáculo são alinhavadas sem lançar mão de diálogos ou personagens. O roteiro tem leve inspiração em “Alice no País das Maravilhas”, do também inglês Lewis Carroll – uma das influências de John Lennon, inclusive na composição de canções dos Beatles como “I'm The Walrus” e “Lucy in The Sky With Diamonds”, à qual o nome do musical faz referência.
O encontro de Alice com os Beatles gera um fio condutor que trata do tempo e do amadurecimento, mas de maneira sutil, ressalta Gottsha. “É uma coisa lúdica. Tudo é muito interpretativo. As pessoas ficam mais ligadas nas músicas do que nessa história que está implícita”, observa.
Aos mais interessados no repertório que no roteiro, a boa notícia é que do yeah yeah yeah (“She Loves You”, “A Hard Day's Night”) à guinada criativa (“A Day in the Life”, “I'm The Walrus”), todas as fases da banda são contempladas.
Beatles Num Céu de Diamantes
Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537, centro, 3236-7400). Dia 5 (sábado), às 21h, e 6 (domingo), às 19h. Ingressos entre R$ 70 e R$ 90.
*Reportagem publicada na edição de 28/4 do Jornal Pampulha
O musical, vencedor do prêmio Shell de 2009 pelo melhor arranjo vocal e instrumental, estará em cartaz na cidade nos dias 5 (sábado) e 6 (domingo), no Palácio das Artes, dando início a uma turnê nacional quatro anos após sua estreia, no Rio.
“É um espetáculo muito rico vocalmente. Não é cover. A gente faz uma releitura de músicas dos Beatles. Claro que as pessoas vão reconhecer todas as músicas, mas vão reconhecer com outra riqueza vocal. Ele dá prioridade para outras vozes cantarem Beatles: são tons diferentes de voz, tem mulheres cantando”, antecipa Gottsha, uma das atrizes-cantoras do elenco que soma dez pessoas no palco.
Todo o esforço é direcionado para que as vozes fiquem em evidência. Os recursos cênicos são mínimos: apenas objetos simples, como guarda-chuvas, malas, giz e bolhas de sabão são utilizados. As cerca de 50 músicas dos ingleses selecionadas para o espetáculo são alinhavadas sem lançar mão de diálogos ou personagens. O roteiro tem leve inspiração em “Alice no País das Maravilhas”, do também inglês Lewis Carroll – uma das influências de John Lennon, inclusive na composição de canções dos Beatles como “I'm The Walrus” e “Lucy in The Sky With Diamonds”, à qual o nome do musical faz referência.
O encontro de Alice com os Beatles gera um fio condutor que trata do tempo e do amadurecimento, mas de maneira sutil, ressalta Gottsha. “É uma coisa lúdica. Tudo é muito interpretativo. As pessoas ficam mais ligadas nas músicas do que nessa história que está implícita”, observa.
Aos mais interessados no repertório que no roteiro, a boa notícia é que do yeah yeah yeah (“She Loves You”, “A Hard Day's Night”) à guinada criativa (“A Day in the Life”, “I'm The Walrus”), todas as fases da banda são contempladas.
Beatles Num Céu de Diamantes
Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537, centro, 3236-7400). Dia 5 (sábado), às 21h, e 6 (domingo), às 19h. Ingressos entre R$ 70 e R$ 90.
*Reportagem publicada na edição de 28/4 do Jornal Pampulha
2 de mai. de 2012
Amostra
"Desde Que o Samba é Samba" é o novo livro de Paulo Lins, autor de "Cidade de Deus". A obra busca reconstruir as origens do samba recorrendo a personagens e bastidores do Rio de Janeiro do fim dos anos 1920. Um trecho do livro está disponível pela leitura, via Folha de S. Paulo. É só clicar aqui para acessar o PDF.
1 de mai. de 2012
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