Localizado na O2, complexo cultural que reúne em um só espaço a O2 Arena, restaurantes e cinemas, o espaço dedicado ao BME até que é pequeno se comparado à grandiosidade do complexo, mas há bastante informação condensada no museu (a propósito, foi pesquisando a programação de shows da O2 Arena no período em que estaria em Londres que felizmente descobri o museu).
O BME combina um extensa memorabília de artistas britânicos desde os anos 1950 aos dias atuais com estações interativas nas quais, com o toque das mãos, é possível conhecer os fatos mais importantes da música ligados aos nomes locais, muitos deles com contexto histórico. Há também estações mais didáticas, como as que tratam da influência musical mútua entre norte-americanos e britânicos e as que explicam determinados gêneros musicais e seus subgêneros por meio de conceitos e exemplos práticos. Neste último caso, para ativar as explicações, você toca em discos de vinis posicionados em uma mesa.
Dos tempos de Cliff Richard, o Elvis britânico |
A jaqueta do Brett Anderson e a guitarra do Noel |
Recomendo demais a visita para quem curte música pop - um assunto que os britânicos levam muito a sério e sabem muito bem como tratar. Vá lá: http://www.britishmusicexperience.com/
E no Brasil? Por que não?
A propósito, uma pergunta que não sai da minha cabeça desde que descobri o MBE: porque o Brasil ainda não tem algo nessa linha? Nossa música é uma das mais conhecidas no mundo, tem um alto grau de diversidade e é um dos elementos fundamentais na formação da "identidade" nacional. Temos uma história fantástica para contar, histórias, no plural, diga-se de passagem, dado que ainda há muitos pontos e casos mal resolvidos que ainda precisam ser melhor compreendidos e aceitos como parte de um universo ainda limitado que se convencionou chamar de música brasileira. Poderíamos ter um museu dez vezes maior que o dos britânicos. E usar o espaço para entender melhor um dos nosso principais produtos de exportação para o mundo desde os tempos de Carmen Miranda. Fica a dica.