4 de jun. de 2012



Quatro anos atrás o artista norte-americano Shepard Fairey usava o que se transformaria no seu mais conhecido trabalho até hoje para traduzir o sentimento de uma vasta parcela da população de seu país. Um cartaz que trazia uma foto de Obama em serigrafia com a palavra "HOPE" escrita logo abaixo sintetizava as expectativas que os eleitores tinham em relação ao então candidato democrata e se tornaria no ícone da campanha vencedora de Obama.

Hoje, a esperança ainda sente os efeitos do banho de água fria que levou da crise econômica que eclodiria ainda em 2008 e Obama já não é mais o messias que parecia ser. Mesmo assim, questões da "América" continuam pautando as criações de Fairey. Ele acaba de produzir onze telas, uma para cada faixa do novo disco de Neil Young, "Americana", conjunto de versões para clássicos da música folk dos Estados Unidos. Muitas das imagens têm uma estética combativa e revolucionária para casar com os versos que tratam da alma Americana.

Pouquíssimas dessas onze imagens caíram na internet (uma delas é a feita para a faica "This Land Is My Land", acima), mas é possível ver todas elas, de uma maneira belíssima, em um filme de 40 minutos que Neil Young fez para acompanhar o primeiro disco em nove anos com a Crazy Horse. O filme, que imita o cinema mudo, conta a história de um escritor que vai em uma galeria de arte à procura de imagens para ilustrar seu livro. Progressivamente, ele vai encontrando as imagens feitas pelo próprio Fairey. A trilha sonora é o próprio disco, cujas faixas surgem no momento em que são mostradas as telas correspondentes - algumas com belos closes que evidenciam detalhes e texturas. Filmes da era do cinema mudo completam a edição do vídeo.

"Americana" tem lançamento oficial amanhã (5). O vídeo pode ser visto no site de Neil Young.

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