Vinil pra mais de metro |
Londres é uma cidade de muitos museus. De todos os tipos. Considerando a acepção do termo no senso comum, qual seja, museu como local em que são reunidos objetos antigos com valor artístico e histórico (sei que hoje um museu pode ir muito além desse conceito), a HMV poderia entrar na lista de "museus" da capital inglesa. Em tempos de perrengue na venda de discos - inclusive na própria Inglaterra, é surpreendente o cenário avistado quando se entra na loja.
Assim como nos tempos áureos das lojas de discos, há fileiras e fileiras de CDs E de vinis organizadas por gêneros musicais. Na loja da Oxford Street, a parte dedicada aos discos ocupa aproximadamente uns três quartos do primeiro dos dois pisos. Veja bem, a música é o que recepciona os clientes. O espaço é dividido com merchandising oficial de bandas, games e livros. A maior surpresa, porém, é ver, em plena quarta-feira, por volta das 19h, uma fila imensa, de dar voltas, tão grande quanto aquelas das Lojas Americanas em época de Páscoa ou Natal. Constatar que TANTA GENTE ainda compra disco foi quase um choque pra quem descartou esse hábito há quinze anos. É claro que não desconhecia a sobrevivência desse hábito ancestral, mas não imaginava que ele ainda poderia ser praticado em grandes coletivos.
À distância, aqui do outro lado do oceano, já era notável pra mim a relação de amor dos ingleses com a música pop. Na minha passagem pela HMV, senti que são amantes à moda antiga.
Fila pra pagar disco! |
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