28 de nov. de 2012

Mais popular que Jesus




Roberto Carlos vendeu um milhão de cópias do compacto "Esse Cara Sou Eu", anunciou sua gravadora, Sony Music. Desde 2001, com seu Acústico MTV, Roberto não atingia esta marca, segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD). Com este novo milhão, Roberto ultrapassa, considerando as vendagens neste início de século, um dos maiores vendedores de discos no período, Padre Marcelo Rossi.

Até então, de 2000 pra cá, ambos tinham vendas que batiam na casa dos quatro milhões - 3,8 milões mais precisamente, conforme cálculos a partir dos arquivos da ABPD. Mas "Esse Cara Sou Eu" colocou o rei no trono novamente (vale lembrar que em toda sua carreira Roberto é imbatível, com seus 100 milhões de discos vendidos, marca que provavelmente jamais será alcançada dadas as mudanças ocorridas na indústria).

Nos últimos 12 anos, Padre Marcelo até lançou mais discos (dez, contra oito de Roberto), mas o rei obteve vendas mais expressivas de cada um de seus álbuns. Passou das 500 mil cópias e do 1 milhão três vezes, enquanto padre Marcelo bateu a casa do milhão duas. Os demais trabalhos do padre cantor ficaram todos abaixo dos 300 mil.


*Inclui apenas as vendas que atingiram quantidade certificada pela ABPD
**Em 2000, Roberto Carlos vendeu 1 milhão de cópias de "Amor Sem Limite" e 500 mil cópias de "30 Grandes Sucessos"
***Em 2009, Padre Marcelo Rossi vendeu 1 milhão de cópias de "Minha Benção", 300 mil cópias de "Paz Sim, Violência Não" e 50 mil cópias de "Momento de Fé Para Uma Vida Melhor"


Em tempos de vacas magras da indústria fonográfica, falar de 1 milhão de discos vendidos é relevante, até para um rei. Nos anos 1970 e 1980, era praxe os discos de Roberto já saírem da fábrica com essa tiragem, certa que era a altíssima procura nas lojas. Mais gente chegava fácil nesse número também. Recentemente, sabemos, o cenário mudou. Caiu para a metade a quantidade de artistas que chegaram ou ultrapassaram este total nas duas últimas décadas: de 22 nos anos 1990 para 11 nos anos 2000. No gráfico abaixo, dá para ver como o caldo tem ficado cada vez mais ralo. Milhão hoje, é para poucos: coisa de rei e de Jesus.




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