A gente já sabe que aquela história segundo a qual o videoclipe estava morto foi uma das maiores furadas da MTV. Tanto que ela morreu antes. O clipe apenas migrou e se dispersou por outras mídias, e ainda por cima aproveitou as características técnicas destas novas mídias - computador, tablet e celular - para renovar sua linguagem. Tanto que há algum tempo a gente vê o lançamento dos chamados clipes interativos.
Mas nesta semana a nova categoria de clipe ganhou, de uma vez só, três novos exemplos de que, mais que viva, a linguagem dos videoclipes tem impensáveis caminhos de renovação, e talvez a gente ainda não faça a menor ideia de nem um décimo deles.
1)Queens of the Stone Age, "The Vampire of Time And Memory" e o clipe-hiperlink
Com a assinatura do Creators Project, o novo clipe da banda de Josh Macho-Alfa Homme propõe que o espectador explore a sala soturna na qual se passa a ação do vídeo. É possível ver a banda e atrizes em diferentes cenários. Paralelo a isso, os objetos de decoração do local remetem a conteúdos externos, tais como o link do novo disco da banda no Itunes e uma loja de pôsteres com a arte presente no vídeo. Muito esperto.
Versão interativa: www.vampyreoftimeandmemory.com
2)Pharrell, "Happy" e o clipe-estendido
E se ao invés de um canal que passa clipes 24 horas por dia a gente tivesse um único clipe que ocupa as 24 horas de um dia? Pode não ter sido essa a pergunta que deu origem a "Happy", do Pharrell, mas é a inversão de termos que ele provoca. O clipe da música, que faz parte da trilha de "Meu Malvado Favorito 2", acompanha um dia inteiro na vida de Pharrell pelas ruas de Los Angeles. A concepção é do coletivo francês We Are From L.A.
Se você apertar o play e parar diante da tela, vai levar exatas 24 horas para chegar ao fim. Mas, claro, você não precisa gastar um dia inteiro para ver. É possível alternar aleatoriamente entre os vários momentos do dia clicando na posição correspondente do relógio que se sobrepõe à imagem, sempre mantendo a sequência da música - e essa é a graça da coisa: brincar de flanar com esse moço bonito que é o Pharrell.
Versão interativa: http://24hoursofhappy.com/
3)Bob Dylan, "Like a Rolling Stone" e o clipe-update
Um clássico feito há 48 anos ("Like a Rolling Sonte") com um clipe já bem legal feito há 18 anos (o vídeo de Michel Gondry para a versão dos Rolling Stones) ganhou novo frescor pelas mãos da startup israelense Interlude.
Com a tela do computador simulando uma TV, o espectador tem à sua opção 16 canais com programação fictícia pelos quais pode zapear. As imagens são de telejornais, esportes e de gente cozinhando, mas todos os atores cantam os versos da música. Uma sugestão do descompasso na comunicação em meio à profusão de informações típica desse nosso tempo? Talvez, mas a princípio é só um material que coincide com o lançamento da "The Complete Album Collection Volume 1", com 47 CDs de Dylan. Ah, e claro, é também uma baita de uma diversão, do tipo que dá vontade de ver o clipe outra vez, sem necessariamente ter que ver o mesmo clipe. Que venham os próximos.
Versão interativa: http://video.bobdylan.com/
Mas nesta semana a nova categoria de clipe ganhou, de uma vez só, três novos exemplos de que, mais que viva, a linguagem dos videoclipes tem impensáveis caminhos de renovação, e talvez a gente ainda não faça a menor ideia de nem um décimo deles.
1)Queens of the Stone Age, "The Vampire of Time And Memory" e o clipe-hiperlink
Com a assinatura do Creators Project, o novo clipe da banda de Josh Macho-Alfa Homme propõe que o espectador explore a sala soturna na qual se passa a ação do vídeo. É possível ver a banda e atrizes em diferentes cenários. Paralelo a isso, os objetos de decoração do local remetem a conteúdos externos, tais como o link do novo disco da banda no Itunes e uma loja de pôsteres com a arte presente no vídeo. Muito esperto.
Versão interativa: www.vampyreoftimeandmemory.com
2)Pharrell, "Happy" e o clipe-estendido
E se ao invés de um canal que passa clipes 24 horas por dia a gente tivesse um único clipe que ocupa as 24 horas de um dia? Pode não ter sido essa a pergunta que deu origem a "Happy", do Pharrell, mas é a inversão de termos que ele provoca. O clipe da música, que faz parte da trilha de "Meu Malvado Favorito 2", acompanha um dia inteiro na vida de Pharrell pelas ruas de Los Angeles. A concepção é do coletivo francês We Are From L.A.
Se você apertar o play e parar diante da tela, vai levar exatas 24 horas para chegar ao fim. Mas, claro, você não precisa gastar um dia inteiro para ver. É possível alternar aleatoriamente entre os vários momentos do dia clicando na posição correspondente do relógio que se sobrepõe à imagem, sempre mantendo a sequência da música - e essa é a graça da coisa: brincar de flanar com esse moço bonito que é o Pharrell.
Versão interativa: http://24hoursofhappy.com/
3)Bob Dylan, "Like a Rolling Stone" e o clipe-update
Um clássico feito há 48 anos ("Like a Rolling Sonte") com um clipe já bem legal feito há 18 anos (o vídeo de Michel Gondry para a versão dos Rolling Stones) ganhou novo frescor pelas mãos da startup israelense Interlude.
Com a tela do computador simulando uma TV, o espectador tem à sua opção 16 canais com programação fictícia pelos quais pode zapear. As imagens são de telejornais, esportes e de gente cozinhando, mas todos os atores cantam os versos da música. Uma sugestão do descompasso na comunicação em meio à profusão de informações típica desse nosso tempo? Talvez, mas a princípio é só um material que coincide com o lançamento da "The Complete Album Collection Volume 1", com 47 CDs de Dylan. Ah, e claro, é também uma baita de uma diversão, do tipo que dá vontade de ver o clipe outra vez, sem necessariamente ter que ver o mesmo clipe. Que venham os próximos.
Versão interativa: http://video.bobdylan.com/