4 de mar. de 2013
By Priscila Brito on março 04, 2013
Durante o mês de janeiro e parte de fevereiro, participei de um curso online sobre visualização de dados ofertado pelo Knight Center for Journalism in the Americas, projeto de extensão da Universidade do Texas, em Austin, para qualificação de jornalistas da América Latina e do Caribe. O trabalho final consistia em trabalhar dados em linguagem gráfica + textual. A escolha do tema era livre. Obviamente, procurei por algo que orbitasse em torno do universo da música e me deparei com um estudo britânico sobre taxas de mortalidade entre rock stars. Segue o resultado do trabalho (passe o mouse sobre os gráficos para visualizar os dados):
Hope I Die Before I Get Old
Os versos cantados por Roger Daltrey no hit do The Who de 1965, "My Generation", podem não ser uma verdade para ele, que está vivo hoje aos 67 anos, mas se aplica alguns de seus colegas de estrelato. Estudos conduzidos pelo Centro de Saúde Pública da Liverpool John Moores University mostram que pop stars morrem mais cedo que a média das pessoas. Uma análise com 1489 músicos de pop e rock da Europa e da América do Norte que alcançaram a fama entre 1956 e 2006 revela que a mortalidade cresce em relação à população em geral a partir do momento que se atinge a fama. 9.2% dessa amostra é de falecidos. As taxas de morte para os astros norte-americanos na casa dos vinte anos, por exemplo, são três vezes mais altas do que as da população comum.
Sexo, drogas e rock 'n' roll
O uso de substâncias químicas ou riscos relacionados a este comportamento são as principais causas de morte prematura entre pop stars. 26.3% da amostra estudada morreu de overdose de álcool ou de outros tipos de drogas. As consequências provenientes do uso de substâncias químicas foi causa de 44.7% das mortes.
All By Myself
Se o artista é do sexo masculino, segue carreira solo e atingiu a fama antes de 1980, o risco de morte prematura é maior. Considerando apenas a mortalidade entre artistas pertencentes a uma banda e artistas solo, por exemplo, as taxas para os últimos são duas vezes maiores que as verificadas para os primeiros.
O Clube dos 27: um mito
Janis Joplin, Jimi Hendrix e Kurt Cobain. Todos morreram aos 27, o que fez se formar uma crença segundo a qual pop stars nesta idade têm mais risco de morrer. Entretanto, de acordo com a pesquisa, picos de morte são observados aos 32 anos. Em geral, as taxas de morte são similares aos 25 (0.56), 27 (0.57) e 32 (0.54).
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