3 notas sobre a morte de David Bowie

O que eu trouxe na bagagem da Colômbia

A(s) pergunta(s) que eu não fiz para Steve Aoki

17 de jun. de 2013

Prosperidade e crise no mundo dos cachês

Bon Jovi (sem Sambora) sai da Espanha de bolso vazio, mas vai faturar no Brasil

Recentemente, o relações públicas do Bon Jovi informou que a banda abriu mão do cachê que receberia para se apresentar em Madri, no próximo dia 27. Jon Bon Jovi e companhia renunciaram ao pagamento a fim de baixar o preço dos ingressos e, assim, permitir que os fãs tivessem acesso facilitado ao show tendo em vista cenário de crise econômica e desemprego que atinge a Espanha desde 2008.

O que não foi divulgado é que, além de aliviar para o lado dos fãs, a banda também acabou aliviando para o lado dos produtores. Extenso artigo publicado neste mês pelo jornal El País disseca o atual estado da indústria de shows na Espanha, tão combalida como outros setores produtivos do país, em função da tal crise. Um representante da Live Nation ouvido pela reportagem admite que os produtores locais estão oferecendo cachês menores para os artistas em função de quedas nos lucros via venda de ingressos - provocada pelo aumento do IVA (imposto cobrado sobre bens e serviços) de 8% para 21%, desde agosto do ano passado, e por uma queda de mais de 42% na venda de ingressos. Com isso, diz a fonte, ninguém quer ir tocar na Espanha. No meio dessa história, o Bon Jovi acaba se convertendo num grupo de franciscanos.

Ou, talvez, a banda recupere aqui no Brasil, em setembro, no Rock in Rio e em show solo em São Paulo, o que deixou de ganhar na Espanha. Já há alguns anos, com a crise acima do Equador, o Brasil tem se tornado destino intere$$ante para atrações internacionais, coisa que os próprios produtores locais reconhecem. Em alguns casos, a disputa por um determinado artista entre produtoras se converte em leilão e o cachê vai às alturas - exemplo recente mais forte foi a vinda do Foo Fighters ao Lollapalooza, no ano passado. O lance inicial para o cachê era de R$1,5 milhão, mas foi fechado em R$5 milhões. Levou quem pagou mais. Houve episódios de encalhe de ingresso, como Lady Gaga e Madonna, mas ao que tudo indica uma combinação de fatores que não apenas de ordem econômica (shows voltados para públicos muito semelhantes, em datas muito próximas e em cidades com excesso de atrações internacionais) contribuíram para as baixas vendas.

Por enquanto, a despeito da economia crescendo em ritmo lento - mas crescendo - e da inflação insistindo em bater a casa dos 6%, o desembarque internacional dos aeroportos de Rio e São Paulo, principalmente, não dão sinais de que deixarão de receber gente de fora. Os ingressos do Rock in Rio se evaporaram, o Planeta Terra ressurgiu das cinzas, o Monsters of Rock está de volta depois de 15 anos sem ser realizado no país, São Paulo ganhará um novo festival em dezembro, o Black Sabbath está de malas prontas pra cá, Beyoncé também, em uma turnê que promete passear pelo Brasil (além de show no Rock in Rio, a cantora também pode passar por BH, Fortaleza e Brasília), depois de Paul McCartney ter feito o mesmo em maio (com abertura mundial de turnê em BH e inclusão de Goiânia e Fortaleza na rota). O eldorado por enquanto e ainda é aqui.

Katy Perry + Vogue

Katy Perry debuta na capa da Vogue norte-americana na edição de julho. A cantora aparece vestindo Rodarte em foto clicada por Annie Leibovitz. Amanhã, terça (18), o site da revista publica o papo com Katy.


16 de jun. de 2013

Moda + festival

Hannah Bronfman e Kaelen Haworth lançam coleção minimalista e elegante para tempos de festival


"Looks de festival" já virou uma categoria à parte no mundo da moda - e também da música - e o assunto, certamente, estará bastante em voga nas próximas semanas. Com a chegada do verão no hemisfério norte, começa a ser colocado em prática o apinhado calendário de festivais da Europa e dos Estados Unidos.

De olho no filão, a atual queridinha dos descolados de Nova York, a DJ Hannah Bronfman (filha do executivo da Warner Music, Edgar Bronfman Jr., e da atriz Sherri Brewer) se juntou à estilista canadense radicada em Nova York Kaelen Haworth para criar uma coleção cápsula com peças adequadas às necessidades da maratona que se enfrenta quando se vai a festivais, mas que fossem mais classudas, fugindo das tendências que normalmente dominam os figurinos das frequentadoras - rock 'n' roll/boho chic.

O resultado: nove peças, como vestidos longos, jaquetas, shorts e blazers boyfriend, mesclando malha e couro. A coleção já está na em pré-venda no http://shop.kaelennyc.com/collections/hannah-kaelen-collection.


Em tempo
Desde abril, a H & M vem lançando na França coleções inspiradas no clima dos festivais, a H &  M <3 Music. Até festival para promover a ideia foi realizado, em maio.

Depois de colocar nas lojas peças com referência no universo indie e no universo rocker, a marca lança agora a terceira parte da coleção, com o tema Day Party.



12 de jun. de 2013

Like a Sir

Ao centro, o três quartos que chamou atenção nas comunidades de fãs; à esq. e à direita, figurinos de 2010 e 2013, respectivamente

Há alguns poucos anos, é Stella McCartney quem cuida dos figurinos do pai, Paul, e de sua banda nos shows. Desde então, a estilista vinha vestindo o daddy com ternos coloridos - principalmente azul à la Roberto Carlos, ligeiramente estruturados nos ombros. Para dar uma variada, vez ou outra ele aparecia com um pretinho básico e gravata. No último fim de semana, em Nova York, Stella resolveu desviar um pouco do caminho que vinha traçando e a mudança gerou certo burburinho até em fóruns dedicados a discutir apenas a música do Sir.

Paul apareceu no palco do Barclays Center, no Brooklyn, trajando um terno preto que seria sóbrio demais não fosse o comprimento três quartos e os punhos da camisa branca usada por baixo estrategicamente dobrados para parecerem mais bufantes. Uma sobriedade elegante ou, como definiu um fã norte-americano, like a Sir.

6 de jun. de 2013

O hype do Daft Punk reconstituuído


O Daft Punk causou para lançar seu quinto disco de estúdio, "Random Access Memories". Talvez não precisasse, pois um hiato de oito anos desde o último disco, "Human After All", e a aura de mistério que envolve a existência da dupla cabeça de capacete já seriam suficientes para criar um buzz daqueles. Mas, mesmo assim, o Daft Punk causou de maneira milimetricamente marketeada e, em determinados pontos, inusitada. O resultado: só se falou neles nos últimos dois meses e o disco e seu primeiro single, "Get Lucky" bateram recordes nas paradas britânicas. Resolvi fazer uma retrospectiva de tudo o que aconteceu para visualizar objetivamente o hype que tornou Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter tão onipresentes e RAM tão desejado.

2/3
Anúncio misterioso é exibido no Saturday Night Live



24/3
Duo anuncia nome do novo disco e data de lançamento

12/4
Trailer do disco é revelado durante o Coachella. Pharrell Williams e Nile Rodgers aparecem junto a Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter. No mesmo fim de semana, os dois aparecem em anúncio da Saint Laurent




16/4
Caminhão passeia aleatoriamente pelas ruas de Tokio promovendo o novo disco




17/4
Tracklisting é anunciado no Vine

18/4
Suposta versão completa de novo single, "Get Lucky", circula na internet

19/4
"Get Lucky" tem lançamento oficial no iTunes

22/4
Duo quebra o recorde de streaming no Spotify

10/5
Banda diz que não tem planos de tocar novo disco ao vivo

13/5
Teaser de nova música, "Give Life Back To Music"

16/5
RAM quebra o recorde de Be Here Now, do Oasis, e se torna o disco com vendagem mais rápida na parada britânica

17/5
Lançamento de RAM em feira agrícola em Wee Waa, pequena cidade do interior da Austrália



21/5
Vem a público Horizon, faixa exclusiva de RAM no Japão

22/5
"Get Lucky" torna-se o single mais bem vendido no Reino Unido em 2013

26/5
Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter fazem a primeira aparição pública durante o GP de Mônaco


27/5
O Daft Punk consegue seu primeiro número 1 na parada britânica
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