3 notas sobre a morte de David Bowie

O que eu trouxe na bagagem da Colômbia

A(s) pergunta(s) que eu não fiz para Steve Aoki

31 de jan. de 2014

A semana de Pharrell: muitos Grammys, um chapéu-meme e uma acusação de plágio

O single da discórdia

Pharrell é o personagem da semana. Começou ganhando tudo no Grammy por conta da little help que ele deu pros friends do Daft Punk, virou meme por causa do chapéu que ganhou de Vivienne Westwood e agora chega ao fim da epopeia de sete dias sendo acusado de plágio por Alex Kapranos, vocalista do Franz Ferdinand.

Em seu perfil no Twitter, Kapranos afirmou que o produtor se apossou da melodia de seu hit "Take me Out" na canção "Can't Rely on You", escrita e produzida por Pharrell para a cantora inglesa Paloma Faith. "Pharrell, adoro suas melodias. Se você quer pegar um riff emprestado, é só pedir", tuitou #alexkapranosirônico.

Até o momento, Paloma e Pharrell não se pronunciaram a respeito. Neste momento, Pharrell deve estar pensando: "o que eu vou dizer lá em casa?". Compare, abaixo, as duas músicas.







O 1% poderoso da classe artística e os 99 problemas que Jay-Z (e Beyoncé) não tem

O amor e o poder: Mrs. e Mr. Carter são os únicos artistas entre os poderosos da indústria

A revista Billboard, em sua edição norte-americana, publicou a Power 100, lista que aponta quem são as figuras mais poderosas da indústria fonográfica. Tal como representantes únicos de uma casta bastante privilegiada o casal Carter, a.k.a Beyoncé e Jay-Z, são os únicos artistas que aparecem na lista. E mais: eles ocupam juntos o primeiro lugar.

Deixaram pra trás executivos de gravadoras (37.1% dos nomes mencionados), inclusive a Roc Nation, pertencente a Jay-Z; representantes de produtoras gigantes do entretenimento que agenciam artistas e grandes turnês (21%), como a Live Nation; o alto escalão de grandes corporações de mídia (15.2%), como a CBS; e de grandes empresas que patrocinam a música de alguma forma (15.2%), como a Pepsi (que esteve envolvida no lançamento de uma das faixas do último disco de Beyoncé).

Em proporções bem menores, foram listados dirigentes de empresas de música digital (5.7%), como o Spotify; e de instituições ligadas à música (3.8%), como a Academia Nacional de Artes e Ciências da Gravação, responsável, dentre outras ações, pelo Grammy.

O curioso nisso tudo é notar que, ao mesmo tempo em que mais da metade da lista puxa a sardinha para gente que representa os modelos tradicionais de negócios da indústria do disco, endossando um status quo em crise, Beyoncé e Jay-Z foram condecorados com a primeira posição devido às estratégias inovadoras que ambos adotaram em 2013: Jay-Z disponibilizou gratuitamente para usuários de aparelhos Samsung, por cinco dias, seu disco "Magna Carta". Já Beyoncé fez o lançamento de seu quinto álbum, homônimo, em esquema de exclusividade com iTunes por uma semana. Em ambos os casos, diz a Billboard, além da inovação, houve uma valorização do formato disco, já que os fãs tinham apenas a possibilidade de acessar o álbum de uma vez só, sem direito a comprar ou ouvir faixas separadamente.

Veja a Power 100 na íntegra: http://www.billboard.com/biz/5869768/the-2014-billboard-power-100



30 de jan. de 2014

Tá chovendo homem no Reino Unido

"It's Raining Man" pra arrasar com azinimiga 

Trinta e dois anos depois de virar hit no mundo, "It's Raining Man" está de volta às paradas de sucesso. A música das Weather Girls atingiu nesta semana o número 21 da parada de singles britânica. O motivo da ressurreição: uma campanha no Facebook que quer recolocar o sucesso no topo da parada como resposta ao membro do Ukip (Partido Independente do Reino Unido) David Silvester.

No início deste mês, o político - um (in)Feliciano da terra da rainha - disse que ser gay é "uma doença espiritual" e que o tempo ruim enfrentado pelos britânicos nas festas de fim de ano foi culpa da aprovação de leis pró-casamento gay. Exemplarmente, o Ukip suspendeu Silvester das atividades do partido.

Enquanto isso, "It's Raining Man" segue firme em sua escalada rumo ao topo. No próximo fim de semana, a canção provavelmente vai atingir alguma posição do poderoso Top 20, de acordo com a Official Charts Company, empresa que certifica as paradas britânicas.


Vazou a música da Copa - ou uma parte dela

Já dá pra ouvir Pitbull animando a Copa. Ainda teremos que esperar pra ouvir Cláudinha Milk e J-lo, que ainda não deu as caras pra nada 

Uma rádio sul-mato-grossense divulgou nesta semana o que afirma ser um trecho da música oficial da Copa do Mundo, "We Are One (Ole Ola)", gravada por Cláudia Leitte, Jennifer Lopez e Pitbull. O trecho em questão, de cerca de três minutos, tem apenas os vocais de Pitbull.

É um batidão dance que não deixa nada a dever ao estilo Pitbull, com trechos em inglês e espanhol e um assobio permanente que vai fazer a gente sentir saudade daquele zumbido sem fim das vuvuzelas.

O melhor da história, até o momento, é descobrir que, enquanto os Estados Unidos têm o Blink 182, nós temos a Blink 102, nome da emissora de rádio que revelou o trecho da música. Ouça:


29 de jan. de 2014

Quem quer jogar com o A$AP?

A$AP tá modelando pra DKNY

A$AP Rocky é uma das estreças da nova campanha da DKNY ao lado das modelos Cara Delevingne, Eliza Cummings e Jourdan Dunn. Nas fotos, o rapper aparece ao lado das moças em poses clicadas na Times Square, em Nova York.

O filme publicitário também usa o mesmo local para locação e, meio que em clima de Super Bowl, coloca o quarteto pra jogar futebol em meio aos característicos táxis amarelos de Nova York. Ao final do vídeo, as três modelos e o rapper são apresentados lado a lado, acompanhados da pergunta: quem você quer no seu time?


28 de jan. de 2014

Amores (impossíveis) de Carnaval: Strokes + É o tchan, Ivete Sangalo + Cláudia Leitte

Requebra, Julian! Mexe, ordinário!


Ainda estamos a mais de 30 dias do Carnaval, mas aquele clima de festa sem fim, que faz todo mundo ficar soltinho, soltinho, já está juntando "casais". Tudo bem que ass uniões, por enquanto, são no plano musical e que, em graus diferenciados, os casais foram unidos meio que à força, mas no Carnaval vale tudo, não é?

O primeiro namorico é do Strokes com o É o tchan, no mashup "Reptlícia", o "axé bahindie" do produtor paulista Raphael Bertazi, que habitualmente une mundos musicais diferentes - tipo Caetano Veloso e Super Mario Bros.



Ainda no território do axé, as-inimgas-que-se-dizem-amigas ou amigas-que-todo-mundo-acha-que-são-inimgas Ivete Sangalo e Cláudia Leitte duetam (grças aos deuses da edição) em "Deusas do Amor". A música foi gravada para a campanha da marca de lâminas de depilação Gillete Venus, para a qual as duas cantoras já gravaram filmes publicitários.




Pharrell está em um relacionamento sério com o chapéu

Pharrell rima com chapéu  

O chapéu que Pharrell usou no Grammy e que ofuscou os capacetes do Daft Punk parece estar sendo incorporado ao visual do produtor com toque de midas.

Um dia após a cerimônia de premiação do Grammy, Pharrell voltou a aparecer em público com o acessório nas gravações do especial de TV "The Night That Changed America: A GRAMMY Salute To The Beatles", uma celebração dos 50 anos da chegada dos Beatles aos Estados Unidos, que vai ao ar na CBS no dia 9 de fevereiro.

Na apresentação, Pharrell interpretou "Here Comes the Sun" em dueto com o cantor de música country Brad Paisley. Imagine Dragons, Alicia Keys, Dave Grohl, dentre outros, também participaram da homenagem, que terminou com mais uma reunião de Paul e Ringo no palco.

Voltando ao chapéu, Pharrell informou ao The Hollywood Reporter que a peça pertenceu a Vivienne Westwood. Com essa origem nobre, o acessório segue trajetória de fama e já está fazendo graça no twitter, por intermédio do perfil @Pharrellhat. Viva a internet.

 

27 de jan. de 2014

Ainda o Grammy: os padrões do Red Carpet

Não adianta. A gente sempre liga a TV um pouco antes pra dar aquela conferida despretensiosa no red carpet como quem não quer nada, como se não fosse nada muito importante, como se a gente fosse selecionar o que entraria ou não no nosso guarda-roupa (aquele Gucci da Taylor...). Nesse descompromissado exercício de observação, a gente acaba se afogando ainda mais em inutilidades e vendo alguns padrões que se repetem - estamos falando de moda, não é mesmo? - e se diverte.


               O brilho
Taylor Swift (Gucci), Ciara (Pucci), Rita Ora (Lanvin) 

           Do branco em direção ao nude
Beyoncé (Costello Couture), Kacey Musgraves (Armani Privé), Katy Perry (Valentino)

         O tomara-que-caia e as pernas de fora
Ariana Grande (Dolce & Gabbana), Ashanti (Blue Marine), Sara Barreilles (Blumarine) 

O vermelho
Colbie Caillat (Ezra Santos), Gloria Estefan (Gustavo Cadile), Pink (Joanna Johansen)

A calça e o preto básico
Cyndi Lauper (Alexander McQueen), Madonna (Ralph Lauren), Yoko Ono (alguém?)

Os caras e o anti-padrão: fugindo do preto
Steven Tyler, Ryan Lewis e Macklemore, Pharrell

Grammy: os prêmios que não foram entregues


A expressão diz: "eu já sabia"; o chapéu diz: "por essa vocês não esperavam"

O Grammy teve tudo aquilo que a gente esperava: o Daft Punk, turbinado pelo poder de midas do Pharrell, levando os principais prêmios da noite (disco do ano, gravação do ano e duo/grupo pop); a Lorde sendo justamente reconhecida (música do ano e artista pop solo); aquele monte de apresentação de artista country que a gente do lado de cá do Equador tem que engolir; e aquela sensação de que a transmissão nunca vai acabar.

Teve ainda Madonna, Queen Latifah, Macklemore e Ryan Lewis celebrando a união de 20 casais - gays e heteros - ao vivo sob a benção de "Same Love", um hino sobre respeito e aceitação; e o Paul recebendo um agrado a mais da academia (afinal ele era o homenageado da noite por conta dos 50 anos da chegada dos Beatles aos Estados Unidos) com o prêmio de melhor música de rock por "Cut Me Some Slack", colaboração com o Dave Grohl, o Kirst Novoselic e o Pat Smear, ou o chamado "Sirvana". Ah, e teve o Pharrell com um chapéu absurdo que disputou atenção com os capacetes do Daft Punk.

Mas teve um monte de coisa que também não aconteceu. Ficou faltando entregar os seguintes prêmios:

Prêmio Cilada, cilada, cilada...
Para: Lorde
Tanta expectativa e tanta moral pra chegar lá e fazer playback, sério?




Prêmio Joelma
Para: Taylor Swift
Ela bateu cabelo como se não houvesse amanhã enquanto cantava AND tocava piano. Muita classe.



Prêmio Paula Fernandes
Para: Kacey Musgraves
Uma vez por ano, exatamente no dia do Grammy, a gente fica sabendo da existência de alguns artistas country. A descoberta de 2014 foi essa moça que deve dividir o guarda-roupa ou o estilista com a Paula Fernandes.



Prêmio Samba do Criolo Doido
Para: Robin Ticke e Chicago
Um medley desconjuntado que foi progressivamente ribanceira abaixo até cair no buraco com os tiozinhos caindo de para-quedas numa versão insossa e caretinha de "Blurred Lines", que encerrou a performance.




Prêmio Bigger Than Jesus
Para: Daft Punk, Pharrell, Nile Rodgers e Stevie Wonder
Havia dois beatles na plateia e ainda Sean Lennon, quase um cosplay do pai (onde estava o Dhani pra fazer o cosplay do George?). A academia preferiu juntar apenas os dois originais e foi lindo ver Paulzão e Ringão tocando juntos uma música cuja letra remete à infância do Paul em Liverpool ("Queenie Eye"), mas o combo Daft Punk + Pharrell Williams + Nile Rodgers + Stevie Wonder era a melhor combinação de todos os tempos da noite passada. Tanto que a gente viu Paul e Ringo curtindo a performance ao vivo. E Yoko também, numa dancinha bem vida loka. E o Steven Tyler também. E a Beyoncé e a Taylor Swift. E a galera toda que estava ali, num momento lose yourself to dance, num momento freak out, fazendo o nosso nível de recalque crescer por não estar lá.



Prêmio O Amor e o Poder
Para: Beyoncé e Jay-Z
Eles foram eleitos pela Billboard os mais poderosos da indústria da música - os únicos artistas em uma lista de 100 nomes dominada por figurões de gravadoras e mega corporações, e foram designados para abrir a grande festa dessa mesma indústria. O casal Carter cumpriu seu papel, com Beyoncé usando mais um body poderoso e Jay-Z em uma silhueta poderosa, mais slim. A música, "Drunk in Love", nem era tão poderosa assim, parecia que não ia decolar nunca, mas deu uma arrancada quando o rapper subiu no palco para completar a metade que faltava do poder.




Prêmio Sou foda, sou sinistro, melhor que seu marido
Para: Josh Homme
Porque esse prêmio será sempre dele. E porque ver o único macho-alfa na face da terra (com Dave Grohl e Nine Inch Nails de brinde) é a única coisa que dá sentido ao Grammy e te segura até o fim da transmissão, pra lá das 2h30 da manhã na frente da TV, depois que Paul e Ringo e o Daft Punk com Pharrell, Nile Rodgers e Stevie Wonder se apresentaram.

Josh com cara de "o melhor sempre fica pro final"

"O Lobo de Wall Street" e a MTV dos anos 1990

É um filme do Scorsese, mas parece uma tarde à toa diante da TV vendo a MTV nos anos 1990

É até injusto centrar um texto sobre "O Lobo de Wall Street" em sua trilha sonora e não na acachapante epopeia cinematográfica com que Scorsese e Leonardo DiCaprio nos presentearam, mas como a especialidade aqui é música e não cinema, não tem outro jeito. Então, é o seguinte: ouvir boa parte das músicas que ambientam as cenas é como passar uma tarde vendo a MTV de uns 17, 20 anos atrás. É como se alguém tivesse entrado num túnel do tempo rumo aos anos 1990 e escolhido aleatoriamente alguns dos hits que estão por aí flutuando em algum lugar do passado.

Estão lá para ilustrar as extravagâncias sexuais, químicas e alcoólicas de Jordan Belfort e seu esquadrão de trapaceiros gananciosos: "Hip Hop Hooray" (Naught by Nature), "Insane in the Brain (Cypress Hill), "Baby Got Back" (Sir Mix a Lot), "Everlong" (Foo Fighters) e "Mrs Robinson", (na versão que estourou com o Lemonheads na referida década).

A ação do filme se desenrola majoritariamente nos anos 1990 (apesar de começar em fins dos 1980) e narra a montanha-russa que foi a vida esbanjadora de Jordan Belfort, corretor da vida real que, no período, faturou US$ 50 milhões com a empresa Stratton Oakmont, deu prejuízo de US$ 200 milhões em seus investidores e foi condenado por fraude e lavagem de dinheiro. O filme concorre a cinco prêmios Oscar (filme, diretor, ator - DiCaprio, ator coadjuvante - Jonah Hill, e roteiro adaptado). A trilha sonora, que não recebeu indicação, ataca ainda de clássicos do blues e do jazz e traz Bo Diddley, Charles Mingus e John Lee Hooker.

Um trailer alternativo, feito por fãs, usa "Everlong" como tema principal da história.


26 de jan. de 2014

Belle and Sebastian, John Hughes e um prêmio bizarro em Sundance

"God Help The Girl", dirigido por vocalista do Belle and Sebastian, ganhou prêmio com nome que parece título de música dos Smiths


Stuart Murdoch, vocalista do para sempre fofo Belle and Sebastian, deu um tempo na banda para estrear na direção de um filme, "God Help the Girl", que chega aos cinemas este ano (ainda sem previsão de estreia no Brasil). A nova empreitada começou bem, pois foi premiada neste domingo (26) no festival de cinema de Sundance. Tudo 99% perfeito. O 1% restante é 0,5% curioso, 0,5% bizarro dado o prêmio em questão: "Fascinante desempenho geral e como o diretor trouxe para o cinema seu universo singular", uma categoria especial do júri provavelmente inventada para homenagear um filme do qual a organização deve ter gostado bastante.

"God Help The Girl" é um desdobramento do projeto paralelo homônimo que Stuart lançou em 2009 e que rendeu um disco, um EP e três singles. Baseado nas letras das músicas lançadas naquele ano, o filme se passa em Glasgow, na Escócia, terra natal do Belle and Sebastian, e conta a história de Eve (Emily Browning), uma garota que começa a compor músicas para lidar com seus problemas emocionais. Ela conhece os músicos James (Olly Alexander) e Cassie (Hannah Murray) e, juntos, vão viver uma história de renascimento durante um verão. Segundo Murdoch, uma das principais inspirações para o filme foi John Hughes, mestre da Sessão da Tarde e criador do herói Ferris Bueller.

A música também foi "premiada" em Sundance com o documentário "20,000 Days On Earth", sobre Nick Cave (direção para Iain Forsyth e Jane Pollard; edição para Jonathan Amos), com o filme "Low Down", ficção que homenageia o pianista de bebop Joe Albany e tem Flea, do Red Hot Chili Peppers no elenco (drama norte-americano); e com o documentário "Alive Inside: A Story of Music & Memory", sobre o papel da música no tratamento de pacientes com Alzheimer (documentário norte-americano).



25 de jan. de 2014

Mea-culpa (20/1 a 24/1)

Bem-vindo a Aberdeen ou Nirvanaland

Tudo que eu poderia ter postado esta semana, mas não postei:

- A partir deste ano, 20 de fevereiro será o #KurtCobainDay

- Bruce Springsteen vai oferecer download (quase) instantâneo de seus shows. Mas você vai ter que pagar

Justin Bieber preso por fazer racha e dirigir bêbado. Munhoz & Mariano posando com armas e álcool. O bad boy way of life não pertence mais ao rock

- Axé com R&B e eletrônico: a música oficial da Copa vai ser gravada por Claudia Leitte, Jennifer Lopez e Pitbull

- Nasi e Scandurra trazem o Ira! de volta por intermédio da "Núcleo Base", uma turnê com nada menos que 200 shows

- Eu disse que o U2 não estava pra brincadeira em 2014: a música nova da banda, "Invisible", vai estrear no intervalo do Super Bowl, no dia 2 de fevereiro

- O Foo Fighters vai gravar o novo disco em 12 cidades diferentes. Uma turnê antes da turnê

- Tem mais gente trabalhando em disco novo também: Beck lança Morning Phase em fevereiro; em março sai "Na Medida do Impossível", da Fernanda Takai, e "Symphonica", do George Michael; em abril Damon Albarn revela pra gente "Everyday Robots"; e o Eagles of Death Metal vai entrar em estúdio em algum momento de 2014

- E enquanto os discos não saem, dá pra ouvir amostras: "Blue Moon", do Beck, "Lonely Press Play" e a faixa-título do disco do Albarn e a parceria da Takai com a Pitty, "Seu Tipo"

- Ah, e PFVR, escute a nova do Kimono Kult, super grupo do Frusciante e do Omar Rodriguez-Lopez: "Todo Menos El Dolor"

24 de jan. de 2014

As duas Dilmas e o Raça Negra

Luiz Carlos viu Dilma (a real) acompanhar, de longe, o show do Raça Negra

O Raça Negra faz show amanhã (25) aqui em BH com transmissão ao vivo pelo Multishow. Conversei* com o vocalista da banda, Luiz Carlos, sobre os 30 anos do grupo, a indiezação do pagode (e ele diz que não faz pagode) e o sucesso de suas músicas com as Dilmas, a bolada e a real.

Responsável por mais de 70% dos shows que o Raça Negra fez no ano passado, o público mineiro ganha uma retribuição na mesma proporção no próximo sábado (25), quando a banda apresenta no Chevrolet Hall o show do DVD “Raça Negra e Amigos”, com transmissão ao vivo pelo canal a cabo Multishow.

No palco, o grupo celebra uma trajetória de 30 anos que ficou marcada pelo pioneirismo em transformar o romantismo em elemento central do samba, dando origem ao que ficou conhecido como pagode romântico. O vocalista Luis Carlos, porém, rejeita o termo. “Essa coisa pejorativa do pagode surgiu nos anos 1990 mas, na realidade, pagode é uma dança mineira chamada catira. Eu não gosto de ser chamado de pagodeiro porque eu canto samba romântico”, determina.

O incômodo com o tratamento pejorativo ganha contrapeso com o prestígio que o grupo ver nascer em universos aparentemente alheios ao samba. Caso do disco “Jeito Felindie”, tributo de artistas de rock independente ao repertório do Raça Negra lançado em 2012.

“A reação, de início, é de espanto, porque fica totalmente diferente, mas depois você fica feliz. Acho legal também você estar atento ao trabalho dos outros. Nos anos 1990, logo após o falecimento do Cazuza, cantamos 'Pro Dia Nascer Feliz' em ritmo de samba”, compara Luis, que aproveita para reforçar a extensão de seu fã clube. “A Fernanda Torres também declarou recentemente que gosta da gente”.

Quem também “integra” o fã clube dos sambistas é a personagem Dilma Bolada, que faz sucesso na internet com uma sátira da presidente Dilma Rousseff. Volta e meia, a personagem comenta que está ouvindo “Cheia de Manias”, um dos principais sucessos do grupo. Luiz Carlos aprova a brincadeira e lembra que, em algum grau, talvez a ficção imite a realidade.

“Fizemos um show no dia 1º de janeiro na Cidade Baixa, em Salvador, e a presidente estava passeando de barco na praia com a filha e o neto. De onde ela estava, podia ouvir a gente”, conta.

Raça Negra
Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, 4003-5588) Dia 25 (sábado), às 23h. R$ 400 (mesa para 4 pessoas), R$ 70 (inteira, 3º lote)

*Texto publicado na edição de 18/01/2013 do jornal Pampulha

23 de jan. de 2014

Vans lança coleção inspirada nos Beatles

Yellow Submarine pra assistir, ouvir e, agora, calçar

Depois de homenagear Pearl Jam, Pixies, Kiss, Iron Maiden, Motorhead e meio mundo do rock, a Vans vai lançar uma linha dedicada à banda que em maior ou menor grau serviu de referência para os nomes anteriores: os Beatles. No dia 1º de março, chega ao mercado uma coleção de quatro modelos inspirados no universo de "Yellow Submarine".

Dois deles estampam os fab four tal qual foram representados em sua versão desenho animado. Um terceiro elementos da aventura protagonizada pela banda abaixo do mar e o quarto modelo é inteiramente estampado com a frase "All You Need Is Love" com a mesma tipografia utilizada no trecho do filme em que a música homônima é executada pela banda. Em comum, todos os modelos carregam o visual lisérgico e ultra colorido característico do universo criado em torno do Submarino Amarelo. Lá fora, os tênis custarão entre US$ 65 e US$ 75.

Vale mencionar, o lançamento atende a uma demanda real. Na internet, não é difícil encontrar sites que vendem modelos da Vans costumizados por fãs com estampas dos Beatles.


22 de jan. de 2014

Fique bêbado com a sua banda preferida

Ouça o disco e beba o uísque do Mogwai

Parece que as bandas descobriram um novo recurso para promover seus novos discos. Vai lançar álbum novo? Então lança uma bebida junto. Maximo Park e Mogwai fizeram exatamente isso.

Junto com "Too Much Information", quinto disco do Maximo Park, que sai no dia 3 de fevereiro, será lançada também a cerveja Maxïmo No. 5, do tipo ale - de alta fermentação, tom avermelhado e 5% de teor alcoólico. A bebida estará à venda nos shows da banda e em alguns pubs selecionados.

Já o Mogwai lança o uísque RockAct81w, com 57,1% de teor alcoólico, para comemorar seu oitavo disco, o "Rave Tapes". Com uma estratégia mais focada na exclusividade, a banda vai colocar no mercado exatas 324 garrafas numeradas. Algumas delas vão ser autografadas no show que o Mogwai fará em Glasgow no próximo dia 28.

O Super Furry Animals também entrou na onda, mesmo estando em hiato e sem nada novo pra lançar. No próximo dia 1º, no Fire Festival, no País de Gales, sua terra natal, a banda lança a cerveja Fuzzy, com 8,5% de teor alcoólico e definida pelo fabricante como "cerveja galesa psicodélica e selvagem".

Vanguart transforma Molejo em Oasis

E aí, Molejão? É cilada ou não a indiezação do pagode?

Depois da cena de rock independente do Brasil colocar um filtro de Instagram nos hits do Raça Negra com as releituras presentes na coletânea "Jeito Felindie", os indies que falam português voltaram a revisitar o repertório de pagode dos anos 1990, um dos maiores estouros comerciais da indústria fonográfica no período.

Quem reverencia desta vez é o Vanguart; o reverenciado é o Molejo e seu sucesso "Cilada". Com violino e um arranjo que me remeteu imediatamente às baladas típicas do Noel Gallagher em alguns de seus melhores momentos no Oasis, a música ganhou tom choroso e dramático. Tudo acontece diante dos olhares de Cartola e Bob Marley, "presentes" no local da gravação por meio de pôsteres. Ao final, ouve-se um "thu thu thu pá", onomatopeia clássica do Compadre Washington - seria uma citação ao É o Tchan ou só uma confusão diante da outra grande força musical do Brasil nos anos 1990, o axé?

A versão foi gravada para o programa "Jardim de Inverno", do músico e ator Chay Suede.


Noel Gallagher odeia os clipes do Oasis. Todos

Noel sofreu pra ficar fazendo biquinho pra câmera

Um DVD com uma coletânea de clipes do Oasis lançado em 2010 saiu do esquecimento nesta semana pelas mãos de um fã que editou o melhor dos comentários de Noel Gallagher sobre os vídeos presentes no material original. Com aquele mau humor do estereótipo britânico, amplificado pela natureza dos Gallagher, Noel critica a extravagância financeira que foi colocar um monte de helicópteros em "D'You Know What I Mean", ri do nonsense de "All Around The World" e reclama do diretor de "Don't Look Back in Anger", que lhe pediu para transmitir mais energia no olhar.

Em uma frase que resume bem todo o sentimento de Noel diante dos vídeos, ele diz que estar em um clipe é "just the biggest pain in the fucking ass ever". Dramático. Pra não dizer que Noel foi só ranzinzisse, ao comentar "Stand By Me" ele brinca ao observar que o Oasis era o melhor grupo para caminhar em slow motion em um vídeo.

Aperta o play:


21 de jan. de 2014

O Grammy quer te reconquistar

Josh Homme vai se apresentar no Grammy neste domingo. Como resistir (ao Grammy/a ele)?

Parece que a produção do Grammy quer fazer a gente esquecer que a premiação é uma grande festa tediosa e chapa-branca armada pelos tiozinhos da indústria fonográfica e nos cooptar para a audiência do evento no próximo domingo (26) com apresentações ao vivo absurdamente irresistíveis.

A última isca pra fisgar o público, antecipa a Spin, foi o anúncio de um show que vai reunir Dave Grohl, Nine Inch Nails e Queens of the Stone Age (Josh Homme alert!) para encerrar a premiação. Só gente cool.

Quando Dave Grohl, Josh Homme e Trent Reznor subirem ao palco, já teremos visto antes, ao longo da noite:
- A mais que esperada performance ao vivo do Daft Punk com Pharrell Williams, Nile Rodgers AND Stevie Wonder
- Paul e Ringo juntos para coroar a homenagem que os Beatles receberão pelas comemorações dos 50 anos da chegada da banda aos Estados Unidos
- O Metallica dividindo o palco com o pianista chinês Lang Lang, em uma reedição pocket e enxuta do combo metal + música clássica que a gente viu em 1999 na parceria da banda com a Sinfônica de São Francisco no álbum "S&M"

E talvez ainda tenha Madonna em dueto misterioso com um dos indicados da noite. E talvez tenha Beyoncé promovendo pela primeira vez ao vivo seu álbum homônimo, lançado de supetão no fim do ano passado.

Enfim, os tiozinhos da indústria não estão de brincadeira. No Brasil, o Grammy será transmitido pela TNT, no domingo (26), a partir das 23h.

20 de jan. de 2014

I bet you look good on the dancefloor: o que o brasileiro ouve na pixxta?

Nada de bará, berê ou lek lek. É RiRi quem mais emplaca hits nas baladas daqui

Quando o assunto é o gênero musical, o sertanejo, turbinado nos últimos anos por arranjos acelerados e dançantes, impera nas baladas brasileiras. Ao mesmo tempo, a artista que mais prevalece nas pistas de dança do lado de cá do Atlântico é Rihanna. É o que mostra levantamento do Ecad, Escritório Central de Arrecadação e Distribuição dos direitos autorais, referente ao ano de 2013.

Das 20 músicas mais tocadas em casas noturnas no ano passado, seis são de artistas sertanejos. O funk vem logo atrás, com quatro representantes - Anitta e Naldo, dois dos maiores hitmakers de 2013 inclusos, ao lado da turma do Lelek lek lek. Junto com o pagode do Sorriso Maroto, são 11 sucessos nacionais (55,5%) na lista, confirmando, sem surpresas, a prevalência do consumo de música nacional. Mesmo assim, a única artista que conseguiu emplacar sozinha mais de um hit na lista é internacional: Rihanna. "Diamonds", "Titanium" e "Found Love". Sucessos de 2012 ainda ecoam nas pistas daqui: Gotye ("Somebody That I Used To Know") e Psy ("Gagnam Style") figuram na lista.

O sertanejo também predomina na lista das músicas mais tocadas nas rádios, com quatro sucessos do gênero. Naldo e Anitta, confirmando o sucesso do ano passado, também têm seus sucessos entre os mais tocados. Novamente, Rihanna aparece com mais de um hit na lista. São dois desta vez ("Diamonds", "Titanium" ), feito equiparado por Luan Santana e Bruno Mars. Novamente também, os artistas brasileiros são maioria: 60%. O rock tem representante solitário: "Meu Novo Mundo", do Charlie Brown Jr. Na última posição da lista, a música também foi a última de Chorão com a banda e teve seu sucesso impulsionado no ano passado pela morte do vocalista e, em seguida, do baixista Champignon

Mais tocadas em casas de diversão em 2013
Louquinha - João Lucas & Marcelo
Amor de Chocolate - Naldo
Gatinha Assanhada - Gusttavo Lima
Don't you worry child - Swedish House Mafia
Camaro Amarelo - Munhoz & Mariano
Show das poderosas - Anitta
Sinal disfarçado - Zé Ricardo & Thiago
Titanium - Rihanna
Diamonds - Rihanna
Gagnam Style - Psy
Ela é top - MC Bola
Parabéns a você
Só vou beber mais hoje (vou parar) - Humberto e Ronaldo
Feel So Close - Calvin Harris
We found love - Rihanna
Flor - Jorge & Mateus
I Follow Rivers - Lykke Li
Passinho do Volante - MC Federado e os Leleks
Assim você mata o papai - Sorriso Maroto
Somebody that I used to know - Gotye


Mais tocadas nas rádios em 2013
93 million miles - Jason Mraz
Don't you worry child - Swedish House Mafia
Esse cara sou eu - Roberto Carlos
Vidro fumê - Bruno & Marrone
Vagalumes - Pollo
Diamonds - Rihanna
Amor de chocolate - Naldo
Te esperando - Luan Santana
Sogrão caprichou - Luan Santana
Locked out of heaven - Bruno Mars
When I Was Your Man - Bruno Mars
Show das Poderosas - Anitta
Vai e Chora - Sorriso Maroto
I Follow Rivers - Likky Li
A Thousand Years - Christina Perri
Quando Você Some - Victor & Leo
Stay - Rihanna
Fala Baixinho - Revelação
Tempos Modernos - Lulu Santos
Meu Novo Mundo - Charlie Brown Jr

Pegadinha do Mallandro: a Music Timeline do Google

"Eu não vim pra explicar, eu vim pra confundir", Google Music Timeline

O Google lançou neste mês uma ferramenta que, de início, me pareceu fantástica, mas logo em seguido se mostrou ser bem #pegadinhadomallandrofeelings: a Music Timeline. Em resumo, é um gráfico que mostra a popularidade de artistas e gêneros musicais que lançaram discos a partir dos anos 1950. Como o nome sugere, essas informações são representadas graficamente em uma linha do tempo. E é aí que o Sérgio Mallandro surge na tela do seu computador e grita: rá! rá! pegadinha do Mallandro!

Se é uma linha do tempo, o mais natural é que você conclua que o gráfico está te contando uma história, falando do passado. Mas não está. Porque os dados usados pelo Google para mensurar a popularidade dos artistas são os do Google Play, ou seja, os dados do presente. Explicando melhor: a popularidade de artistas e gêneros foi calculada com base em quantos usuários do serviço possuem um álbum X. A marca temporal é apenas um referencial para identificar o ano de lançamento de um disco em questão e o período de atividade de um artista/banda.

Enfim, não é uma linha do tempo porque não conta a história da popularidade de artistas e gêneros ao longo do tempo, mas sim qual o grau de popularidade têm hoje diferentes artistas das últimas seis décadas (e mais: popularidade entre os usuários do Google Play). O Google até deixa isso bem claro no FAQ, mas não é todo mundo que vai parar para ler essas informações. E não adianta explicar se o gráfico (a apresentação, o nome do projeto) induz facilmente a outro tipo de interpretação. Batendo o olho, você acha que o Google está oferecendo uma história da música pop, mas, na verdade, é apenas um recorte dos hábitos musicais de um grupo determinado de pessoas.

Desfeito esse equívoco, a Music Timeline (por favor, mudem o nome disso) se torna um brinquedinho interessante pra quem é nerd de música (me). Vi, por exemplo, que o "Please Please Me" e o "A Hard Day's Night" são muito mais populares que o "Sgt. Pepper's" e "Revolver" entre os ouvintes que possuem discos dos Beatles. Que o Rage Against the Machine é classificado tanto quanto metal quanto alternativo. Que o metal farofa tem quase o mesmo nível de popularidade que o metal clássico. Vi também que os dados, apesar de dizerem respeito a um universo bastante específico de ouvintes, indicam quadros que podem ser generalizados ou frequentemente apresentados como certezas: que o hip hop atual ganha de longe em preferência dos usuários se comparado com o hip hop dos anos 1980; que a área visual que representa a popularidade dos Beatles se destaca em relação à dos demais artistas. E que o pessoal só quer mesmo ouvir o "Is This It" e não dá muita bola pro resto da discografia do Strokes. Nhé.

Para explorar o gráfico, é só clicar nas áreas correspondentes aos gêneros ou artistas ou fazer uma busca por nome na caixa no canto direito superior da página. É possível buscar por artistas brasileiros também. Em tese, daria para ouvir os discos dos artistas também, mas o serviço de streaming do Google Play ainda não está disponível no Brasil.

Conheça o projeto: http://research.google.com/bigpicture/music/#


18 de jan. de 2014

Jennifer Lawrence pirando com McCartney

Ao som de "Live andLet Die", ela canta como se não houvesse amanhã

Ela leva tombo na chegada ao tapete vermelho do Oscar. Ela usa vestido Dior que vira meme no dia seguinte ao Globo de Ouro. Ela canta "Live and Let Die" faxinando a casa como se não houvesse amanhã em cena de "Trapaça". Jennifer Lawrence não se cansa de fazer a gente se divertir.




"Trapaça" estreia no Brasil em 7 de fevereiro. A trilha sonora, além de Paul (com o Wings), com "Live and Let Die", tem Bowie ("The Jean Genie"), Elton John ("Goodbye Yellow Brick Road"), Duke Ellington ("Jeep's Blues"), entre outros.

Mea-culpa (13/1 a 17/1)

"Rebel Rebel" tá de volta num disco bem bonitinho só pra você querer gastar dinheiro com ele 

Tudo o que eu poderia ter postado nesta semana, mas não postei:

Bowie vai relançar "Rebel Rebel" no mesmo esquema daqueles disquinhos estampados que a gente tinha quando criança

Madonna quer uma ajudinha de Adele em seu próximo disco e pra barganhar a colaboração, ofereceu uma música em troca pra inglesa

- Estão querendo colocar classificação indicativa nos clipes com streaming na internet

O rolezinho tem trilha sonora. E tudo com música é ainda mais legal

Lily Allen, Foster the People e Shakira + Rihanna apareceram de música nova

- O Queen colocou no YouTube a íntegra do antológico show do Rock in Rio de 1985

- Madonna + Lady Gaga + Beyoncé + Britney Spears + Katy Perry + Rihanna = Valesca Popozuda. Entenda a fórmula

- Os Simpsons chamam o Judas Priest de death metal e Bart leva o castigo

- Who run the world? Girls! Mas a Beyoncé acha que ainda tem muito o que melhorar na relação entre os gêneros

- Justin Bieber em "A Zuera Não Tem Limites Parte 4738": cantor provoca prejuízo de US$ 20 mil com ataque de ovos à casa do vizinho

- Além de juntar ao vivo Daft Punk, Nile Rodgers, Pharrell AND Stevie Wonder, o Grammy vai colocar Paul e Ringo pra fazerem show também. Cadê teu Deus da premiação chata agora?

17 de jan. de 2014

Um fone de ouvido habitável

Olha-Olha Cada um na sua bolha (musical)

Quando a gente aperta o play e põe os fones de ouvido é como se, de maneira mágica, a gente desligasse o mundo lá fora, mesmo que você esteja fazendo o seu trabalho ou na rua, no meio da multidão. E se a gente pudesse atingir esse efeito de uma maneira muito mais intensa e imersiva?  

Uma empresa sueca, a ST, oferece o The Orb como resposta. O dispositivo é uma espécie de alto-falante gigante e habitável em formato de bolha no qual você entra e se acomoda para ouvir música. A proposta é oferecer uma experiência única ao se ouvir música. O segredo, segundo a desenvolvedora, está no formato do dispositivo: ambientes de formato esférico são mais eficientes no bloqueio de ruídos externos. Para potencializar a experiência, o The Orb é equipado internamente com 18 alto-falantes e travesseiros da marca sueca Tempur, conhecidos por se ajustarem ao formato e à temperatura do usuário, e que dariam sensação de conforto ao usuário.

Quanto custa o brinquedinho? US$ 15 mil. Inicialmente, porém, a ideia da ST não é produzir o The Orb em larga escala. A empresa está com uma campanha de crowdfunding em aberto para produzir apenas duas unidades. Detalhe: só se pode contribuir com exatos US$ 15 mil, ou seja, você automaticamente estará comprando seu Orb e será uma das duas pessoas no mundo a possuir a engenhoca. A campanha fica aberta até o dia 28 de fevereiro.

16 de jan. de 2014

4 clipes para os 40 anos de Kate Moss

Kate curte uma sonzeira

Linda, Kate Moss completa 40 anos hoje. Entre um desfile e outro, um editorial e outro, uma polêmica e outra, a modelo também colocou os pés no mundo da música: participou da gravação de algumas faixas de "Be Here Now", do Oasis, tocando um discreto pandeiro; foi backing vocal, também em estúdio, do Lemonheads; namorou Pete Doherty e estrelou clipes. Aí vão quatro deles, um pra cada década de vida.

"Delia's Gone" - Johhny Cash (1994)




"Sex With Strangers" - Marianne Faithful (2002)




"Some Velver Morning" - Primal Scream (2003)




"I Just Don't Know What To Do With Myself" (2003)


"Her", o filme indie (e nerd) do Oscar

Tristonho, Joaquim Phoenix atua ao som de Karen O e Arcade Fire, e canta com Scarlett Johansson

"Her", surpreendentemente traduzido no Brasil como "Ela", e com estreia nos cinemas do país prevista para 14 de fevereiro, é o mundo indie no Oscar. Dirigida por Spike Jonze (aquele mesmo que também já dirigiu quase 60 clipes, dentre eles a obra-prima "Sabotage", dos Beastie Boys, e "Elektrobank", do Chemical Brothers, e "Praise You", do Fatboy Slim, dois dos meus preferidos do diretor), a comédia recebeu cinco indicações ao Oscar.

Além de melhor filme, roteiro original e direção de arte, o longa concorre em outras duas categorias que ressaltam seu lado indie: melhor música original ("The Moon Song", de Karen O, que já havia feito a trilha sonora de "Onde Vivem os Monstros", também de Jonze) e melhor trilha sonora, assinada por Will Butler, do Arcade Fire (para quem Jonze já dirigiu clipes), em parceria com Owen Pallett. O Arcade Fire também contribui com três faixas da trilha sonora: "Super Symmetry", presente no último disco da banda, "Reflektor", e as exclusivas "When You Know You're Gonna Die" e "Dimensions". Breeders e N.A.S.A também dão o ar da graça na trilha.

No filme, o solitário escritor Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) é usuário de um avançado e intuitivo sistema operacional, uma espécie de Siri para todos os momentos da vida batizado de Samantha, cuja voz é interpretada por Scarlett Johansson. Pouco a pouco, os dois desenvolvem uma amizade que se transforma em paixão (me lembrei daquele episódio de Big Bang Theory em que o Raj se apaixona pela Siri). Em dueto, Johansson, que já atacou de cantora, e Phoenix fazem uma versão para a música tema composta por Karen O. Veja abaixo o trailer e lista completa da trilha sonora de "Her":





"Off You" - The Breeders
"When You Know You're Gonna Die" - Arcade Fire
"Cleopatra in New York (Zim Zam Mix)" - Nickodemus
"Alien Child" - Will Collins
"Super Symmetry" - Arcade Fire
"Magnesium" - N.A.S.A.
"I'm So Glad" - Entrance
"The Moon Song" - Scarlett Johansson and Joaquin Phoenix
"Racing Turtles" - Barrie Gledden, Tim Reilly and Jason Pedder
"8 Bit Disco No. 3" - Philip Guyler
"Need Your Love So Bad" - Little Willie John
"Sure of Love" - The Chantels
"Dimensions" - Arcade Fire
"The Moon Song" - Karen O.

15 de jan. de 2014

Paul Weller canta com a filha para a Daks

Além de arrasar no The Jam, papai Weller também arrasa em estilo

Paul Weller e sua filha Leah estrelam a campanha que celebra os 120 anos da elegante marca britânica Daks.  Juntos, eles cantam o single de Weller de 1995, "You Do Something To Me", enquanto exibem algumas das peças da coleção primavera/verão 2014. Pai e filha também estrelam editorial de moda que vai estampar anúncio de revistas e jornais nos próximos meses. Veja o comercial abaixo:


O Kiss todo trabalhado no terno

Stanley, Simmons (sem a língua) e cia modelando


O Kiss é a nova cara da grife John Varvatos - já é tradição da marca eleger moços do rock para estrelar suas campanhas (Miles Kane, Joe Perry, Franz Ferdinand, Jimmy Page e Gary Clark Jr. foram alguns dos garotos propaganda). Na campanha da coleção primavera/verão, os quatro mascarados mantiveram a cara pintada, mas deixaram de lado a extravagância das roupas de couro para vestir os elegantes ternos do estilista norte-americano.

O momento modelete do Kiss foi registrado em editorial e em vídeo que, além de depoimentos, traz cenas do pocket show surpresa que a banda fez para convidados na loja de Varvatos, que hoje ocupa o local onde um dia funcionou o lendário CBGB, em Nova York. Na apresentação, eles tocaram “Rock & Roll All Nite” e “C'mon and Love Me”.


14 de jan. de 2014

50 Cent, um homem tecnológico

Pode ouvir música e sair correndo por aí. 50 Cent promete que seus fones não vão estragar com o seu suor

Bem ao estilo Dr. Dre, que lançou a linha de fones de ouvido Beats e conseguiu transformar os acessórios em um must have pra muita gente, o rapper 50 Cent apresentou nesta semana em Las Vegas, na CES, maior feira de tecnologia do mundo, uma nova linha de fones de ouvido da SMS Audio, empresa da qual é proprietário.

A principal promessa dos lançamentos é a mesma dos demais produtos do gênero, ou seja, oferecer áudio de qualidade e acessórios com certa dose de estilo, mas há uma frescurinha a mais desta vez: o uso de nanotecnologia para repelir o suor, fator que, segundo o fabricante, danifica a longo prazo os fones de ouvido. Ainda segundo a SMS Audio, a mesma nanotecnologia protege os fones contra a água e aumenta sua resistência em temperaturas extremas - no caso de termômetros na altura, situação em que o suor aumenta, a proteção aumenta também.

O fone também é wireless. Lá fora, chegará ao mercado por US$ 160.

Alex James, um homem gourmet

Além de tocar no Blur e saber usar lenços como adereço, Alex James atua no setor alimentício

Alex James, baixista do Blur, deve lançar em breve uma linha de bebidas batizada muito oportunamente de "Britpop". O Guardian conta que o músico submeteu um pedido à agência britânica de propriedade intelectual em outubro passado para registrar o uso comercial do termo.

No formulário do requerimento, o uso pretendido da marca está relacionado a uma vasta e diversificada lista de bebidas: de água mineral a sucos de fruta, passando por energéticos e bebidas não-alcoólicas.

Esta não é a primeira empreitada de James no setor alimentício. Vivendo em uma fazenda com a esposa e cinco filhos, o baixista também se dedica à produção de queijos vendidos em supermercados ingleses. Dentre eles, o Blue Monday, um queijo azul que homenageia o clássico single do New Order, e o Little Wallop, um queijo de cabra.

13 de jan. de 2014

O U2 sendo o U2



U2 volta à ativa, ao vivo, depois de três anos, ganha prêmio e faz caridade  


Bons-moços e também especialistas em grandiosidade, o U2 já meteu o pé na porta de 2014 pra avisar que o ano, pelo menos em partes, vai ser deles nessas duas frentes. Em meio à expectativa de lançamento do sucessor de "No Line On The Horizon", o que deve ocorrer ainda no primeiro semestre, a banda ganhou ontem o prêmio de melhor canção no Globo de Ouro por "Ordinary Love", presente na trilha de Mandela - a banda havia levado o prêmio pela primeira vez em 2003, por "Hands That Built America", trilha de "Gangues de Nova York".

Um dia antes, no sábado, o U2 se reuniu pela primeira vez ao vivo desde o show no Glastonbury, em 2011, para uma pequena apresentação no show beneficente Help Haiti, organizado por Sean Penn, em Los Angeles. Tocou "I Will Follow", "Desire" e "Vertigo".

Ainda no quesito bom-mocismo, os irlandeses anunciaram hoje que estão trabalhando em uma nova música e clipe, "Invisible", que será lançada para arrecadar fundos para a (RED), organização de combate à AIDS criada por Bono em 2006.  

E no quesito grandiosidade, a banda deve oficializar a data de lançamento do novo disco no dia 3 de fevereiro, em um anúncio no igualmente grandioso e caríssimo intervalo comercial do Super Bowl, informa a Billboard.
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