27 de mar. de 2014

O funk carioca desconstruído

Sango: tem gringo no funk

Nos tempos de Cabral, descobria-se o Brasil cruzando o oceano em uma caravela. Hoje, descobre-se a terra brasilis por meio de "Call of Duty". Foi por meio do jogo de tiro que o produtor norte-americano Sango, Kai Asasavon Wright, se deparou com o país da Copa, jogando o nível chamado "Favela". Dizendo pra si mesmo "que loucura, que lugar é esse?", ele deu uma googlada no Brasil e tomou conhecimento do funk carioca. Baixou exemplares do gênero, colocou sua veia musical pra funcionar e deu ao mundo os discos "Da Rocinha" e "Da Rocinha 2".

São estudos do funk carioca, como o próprio Sango define. Ele picota funks como "Passinho do Volante" (MC Federado e os Lelek's) e "Quero Te Dar" (Gaiola das Popozudas), além de outros menos conhecidos, e adiciona camadas de r&b, trap (uma variante do hip hop) para produzir colagens minimalistas do gênero.

Ouvidos ~resistentes~ ao funk têm grandes chances de achar que Sango "limpou" ou "sofisticou" o gênero nascido nas favelas do Rio, mas, não. Ele só levou a música a sério mesmo.

Ouça abaixo os dois álbuns de releitura do funk carioca produzidos por Sango. Acessando o site do produtor, você pode ouvir também o EP "Otra Vez", que faz trabalho de releitura semelhante com diversos gêneros latinos. Vale ouvir também os remixes de sango para músicas de Nas, Bon Iver, Drake, Janelle Monáe e outros.



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