3 notas sobre a morte de David Bowie

O que eu trouxe na bagagem da Colômbia

A(s) pergunta(s) que eu não fiz para Steve Aoki

30 de set. de 2014

I read the news today, oh boy: a volta do Rancid, Pharrell e Daft Punk outra vez e o U2 sem palcão

A it girl de Pharrell é japonesa

Back to the 90's
Primeiro o Weezer, depois o Belle and Sebastian, agora o Rancid. Parece que estou vivendo em 1999 outra vez e ninguém me avisou. Esse pessoal todo está de disco novo. "Everything Will Be Alright In The End", do Weezer, que você ouve aqui, sai dia no 7 de outubro. "...Honor Is All We Know", do Rancid, sai no dia 27 do mesmo mês. E "Girls In Peacetime Want To Dance", do Belle and Sebastian, sai em 20 de janeiro. 





Pharrell vai ao Japão
"It Girl", novo single do midas multi-talentos, é um mini-anime com toques de psicodelia japa. Todo mundo amou, todo mundo aplaudiu, mas mais alguém lembrou que lá no início dos anos 2000 o Daft Punk também entrou na onda dos mangás com o "Discovery", aquele que tinha "One more time...". Cada faixa ganhou um clipe, e juntos os segmentos deram vida ao filme "Interstella 5555: The 5tory of the 5ecret 5tar 5ystem". Será que a dupla robótica andou dando umas ideias pro Pharrell?



Bono disse que a próxima turnê do U2 vai priorizar arenas
O que vai ser da gente sem os palcos megalomaníacos? O U2 é o U2 em partes porque concebeu os palcos absurdos da Zoo TV, da Pop Mart, Vertigo e 360º e, com isso, ofertou ao público espetáculos de rock em sentido pleno, com megaestrutura de palco, imagem e luz, e música de verdade, feita ao vivo. Não quero ver palco mirrado na nova turnê, viu, Bono?

25 de set. de 2014

A moda do Morrissey

Morrissey é um dos assuntos favoritos deste blog, você já deve ter notado. É impossível não falar de Moz, até porque ele gera notícias com muita facilidade. Como ignorar, néam? A mais nova delas é que, depois de séculos, o maior inglês vivo finalmente lançou uma loja de merchandising oficial.

São camisetas, moletons e assessórios que carregam o espírito Morrissey na forma ou no conteúdo - seja nas camisetas que estampam a frase "Be Kind to Animals or I'll Kill You" ou nas mini-luvas de boxe, ótimas para descarregar fisicamente o ódio tipicamente "morrisseyano". Tem também uns itens no estilo trocadilho infame em referência a algumas músicas dos Smiths. Confira e compre aqui.


23 de set. de 2014

Para ouvir: mais da metade do disco novo do Weezer

Weezer se descuida na internet e deixa à mostra o disco novo quase inteiro

Está ficando tão na moda liberar faixa de disco novo na internet aos poucos, como uma espécie de tira-gosto, que às vezes uma parte razoável do disco acaba sendo liberada antes. Me dei conta disso hoje quando li que o Weezer liberou hoje a música "The British Are Coming". Juntando os cacos, é a sétima faixa de "Everything Will Be Alright in the End" que eles jogam na rede. Antes, a gente já conhecia "Back to the Shack" e "Cleopatra", além de teasers de "The  Waste Land", "Ain't Got Nobody", "Go Away" (com Bethany Cosentino, do West Coast) e "Lonely Girl" . Juntei as sete abaixo pra começar a ter uma noção do que vai ser esse disco, o primeiro em quatro anos.

"Everything Will Be Alright in the End" sai só no dia 7 de outubro. Ainda dá tempo de liberar mais umas entradinhas pra gente. Mata o apetite da gente, Cuomo!

 







22 de set. de 2014

Rita Ora, Pharrell e Run DMC - escolha seu "estilista"

Ritinha tá aí pra despertar seus desejos consumistas

A descolada Adidas Originals, que já usou Four Seasons e Snoop Doog como trilhas de seus ótimos comerciais, e ainda colocou Noel Gallagher no meio disso tudo, deu mergulhos mais profundos na música este ano e colocou recentemente nas lojas coleções assinadas por Pharrell Williams, Rita Ora e uma terceira em homenagem ao Run DMC, cool do cool dos anos 1980.

Começando pelas moças, Rita Ora despejou de uma só vez cinco mini coleções que redesenham modelos clássicos da marca: Black (peças boyish), Pastel (referências românticas) e Colorblock Packs (esportivo), já nas lojas, e Spray (inspiração urbana) e Roses (estampas que evocam a natureza), à venda a partir de novembro. Mesmo com a variedade de conceitos, a jaqueta clássica da Adidas impera nas coleções. Mudam as modelagens e a cartela de cores, além de alguns detalhes, como transparências, telas e recortes propositalmente criados para deixar um pouco de pele à mostra, naquele jeitinho ~sexy sem ser vulgar~.



Já Pharrel Williams, aquele moço polivalente que neste já colaborou também com a Uniqlo, propõe uma coleção ecologicamente correta, com peças feitas a partir de detritos de plástico reciclado. São tênis e jaquetas bem na linha do color block, em tons de preto, vermelho e azul unicamente.



O Run DMC, por sua vez, ganhou uma ode em forma de camisetas, moletons e casacos com a logo do grupo mesclada a linhas que evocam a Nova York onde o trio se formou. Nas peças, dominam o branco, preto e vermelho, trinca de cores que foi apropriada pelo visual do Run DMC, anos antes do White Stripes sonhar em existir. Uma homenagem justa aos caras que já naturalmente transformaram as três listras da Adidas em parte de sua imagem.



Veja mais: www.adidas.com.br/originals

10 de set. de 2014

Por que "Fancy" é "O" hit da temporada



Do mainstream ao indie, passando por você, ninguém resistiu a cantarolar "i'm so faan-cy, you already kooooow" nos últimos meses. Não deu outra. "Fancy", da rapper australiana Iggy Azalea, foi coroada como a música do verão pela revista Billboard neste mês, e este não é um exagero das recorrentes listas pretensamente definitivas da imprensa musical. Na verdade, há uma lista de razões para justificar o que a publicação norte-americana chancelou.

Sucesso comercial
Comercialmente, o equivalente ao "Beijinhho no Ombro" do lado de lá foi o sonho de qualquer executivo da indústria e fez todo mundo comer poeira na parada da Billboard. Num período de 14 semanas, "Fancy" liderou as medições que combinam execuções no rádio, reproduções em streaming e vendas - daí o título concedido pela revista ao final do período.

Viral 
De sua parte, o público não só ouviu a música e comprou o disco/single, como deu um grande empurrão no sucesso da música ao viralizá-la na web. O YouTube indica quase 2 milhões de resultados para "iggy azalea fancy cover". Até quem, em tese, não tinha nada a ver com isso entrou na onda e abriu os braços para o rap ostentação da australiana. O indie foi contaminado pela febre com sintomas apresentados pelo Killers, que entregou cover mais melódica, ao piano; e pelo Kasabian, que fez um cover acústico com direito a muitas cordas, de violões e violinos.

Iggy é a nova Cher (a da ficção), e ainda melhor
Por trás da precisão dos números está o apelo irresistível de música e clipe. A paródia, no clipe, do filme "As Patricinhas de Berverly Hills" (1995), foi certeira não só por embarcar na onda de revival que atinge agora os anos 1990 com um clássico do cinema adolescente daquela década. Como se não bastasse estimular a memória afetiva da infância e adolescência de muita gente ao reencarnar Cher, a protagonista do filme, Iggy mostra que a personagem pode ser ainda mais interessante, com sua versão mais desafiadora, insolente e auto-confiante da estudante interpretada por Alicia Silverstone (a moça da trilogia Crazy, Crying, Amazing do Aerosmith). E pra quem é jovem demais para pescar as referências ainda resta o apelo eterno do ambiente colegial para o público mais novo, que tem servido de Malhação a Britney Spears em "Baby, one more time".

Refrão-desejo
Por último e talvez mais importante, "Fancy" tem refrão (cantado pela inglesa Charli XCX) que não é simplesmente chiclete, o que já bastaria para pavimentar o caminho do hit. É um refrão chiclete que todo mundo quer cantar para fantasiar e esfregar na cara "dazinimiga" que é chique e extravagante. Ninguém resiste, ninguém escapa. Sem mais, o carro-chefe do disco de estreia de Azalea, "The New Classic", é o novo clássico da década.



9 de set. de 2014

Uma das grandes histórias do rock que faltava ser contada

Se você não sabe quem é essa moça, faça o favor de saber

Quase ninguém sabe que Kathleen Hanna é a moça que um dia pichou "Kurt Smells Like Teen Spirit" no muro da casa do vocalista do Nirvana, desencadeando no músico a ideia para um dos principais hinos do rock nos anos 1990 e um dos responsáveis por fazer o rock alternativo furar a barreira do mainstream. A maioria (dentro, infelizmente, de uma minoria que vai a fundo no underground da década do grunge) sabe que Kathleen foi vocalista da banda Bikini Kill e fundadora do movimento riot grrrl, que colocou o feminismo na pauta do rock naqueles mesmos anos 1990.

É maravilhoso que o legado maior da artista seja o mais conhecido, mas é saudável também que pequenos detalhes de sua bela biografia venham à tona para uma audiência maior, e finalmente os diferentes pesos dessa mesma história ganham relevo em "The Punk Singer". O documentário, em cartaz no Brasil no Indie Festival, em BH e São Paulo, é a cinebiografia da artista, com direção da estreante Sini Anderson, amiga pessoal de Hanna.

O formato do filme segue os moldes tradicionais de um documentário, mas não perde o brilho por resgatar a história da moça em um momento em que há muita história pra contar. Após o despertar para o feminismo e atividade no Bikini Kill até 1997, Kathleen fez um disco solo e fundou duas outras bandas, Le Tigre e The Julie Ruin.

Nesse meio tempo, foi diagnosticada com a doença de Lyme, desencadeada por uma bactéria que afeta funções neurológicas e musculares. O diagnóstico tardio, como foi o caso de Kathleen, torna os efeitos da doença ainda mais forte - o The Julie Ruin teve que suspender os planos de uma turnê neste ano justamente por causa do estado de saúde da artista. O documentário também brilha quando toca no assunto da doença ao ser informativo e nada piegas.

Uma das grandes histórias do rock que faltava ser contada. Não falta mais. Que tenha bastante gente pra conhecer essa história é o próximo passo.


8 de set. de 2014

RiRi, Gwen, Miley e Nicki na New York Fashion Week

Rihanna: MAC e Alexander Wang + H&M

As moças do pop estão fazendo a farra na Semana de Moda de Nova York. Trabalhando, promovendo a carreira ou simplesmente causando, Gwen Stefani, Rihanna, Miley Cyrus e Nicki Minaj fazem o evento ficar interessante para além dos desfiles (btw, o que foi a coleção da Diane, gente?).

Gwen, se você não sabe, além de mãe, cantora/compositora e esposa, também é estilista com 11 anos de estrada à frente da L.A.M.B, uma das grifes a desfilar nesta fashion week. Estampas gráficas e tribais e o bicolor clássico preto e branco colorem a coleção em que prevalecem as calças inspiradas na alfaiataria, mas com espaço para saias e vestidos midi e longos com algum decote ou fendas.


RiRi, por sua vez, dá sequência à parceria hit com a MAC e apresenta mais produtos da linha Viva Glam, cujas vendas têm parte do dinheiro revertida para ações de apoio a pessoas com HIV. A cor da vez é um chocolate - batizado Viva Glam 2, evocando os 90's feelings da marca, já evidenciados também pela parceria com Lorde e seu dark Heroin. Um gloss em leve tom de lilás completa a nova mini coleção da linha Viva Glam. Indiretamente, RiRi atuou como garota propaganda de Alexander Wang, que assina coleção especial para a H&M. A cantora apareceu usando duas peças com jeitão esportivo-academia que estarão nas lojas da Histeria & Magia (não é?) a partir de novembro.



Nos bastidores do desfile de Wang quem causou foi Nicki Minaj, que tentou ensinar às modelos que desfilariam para a marca os movimentos de sua Anaconda. As moças se esforçaram, mas vamos todos agradecer o fato de ser Nicki a cantora e dançarina da história, neam?




Como não poderia deixar de ser, Miley Cyrus ganha sua parcela nas manchetes, desta vez com uma exposição de arte com criações próprias. As obras serão reveladas durante o desfile de Jeremy Scott, na quarta (10), e ficarão expostas nas semanas seguintes na galeria da V Magazine, também em Nova York. Miley apresenta "Dirty Hippie", uma coleção de esculturas criadas com objetos coletados ao longo de sua turnê ou dados a ela por fãs. Aguardemos as imagens.

4 de set. de 2014

O Girls and Boys do Alt J

Versão moça e rapaz de "Every Other Freckle"

Mostrando que clipe é coisa ainda muito séria, o Alt J lançou hoje não um, mas dois clipes para a faixa "Every Other Freckle", primeiro single de seu segundo álbum, "This is All Yours", com lançamento previsto para este mês. Etiquetados pela própria banda como versão "Girl" e versão "Boy", os dois clipes trazem exatamente os mesmos takes (gatos envolvidos no processo, além de imagens abstratas e da natureza), com os mesmos enquadramentos, mas diferem entre si pela figura humana: em um, uma atriz; em outro; um ator. Qual versão é para os meninos e qual é para as meninas é uma escolha que fica a seu critério - e talvez você até escolha os dois. Voilá.


   


2 de set. de 2014

Substituição no Cruzeiro: sai White Stripes, entra Beatles

NA NA NA He... ops, Zerô

Você deve saber, "Seven Nation Army", do White Stripes, além de ser uma das grandes músicas da década passada, é também o maior hino de futebol de todos os tempos do século XXI - virou trilha do tetra da Itália, em 2006, se converteu em hit desde então nas torcidas dos clubes europeus e, finalmente, fez onda no Brasil, primeiro nas torcidas do Inter e do São Paulo e, por último, do Cruzeiro.

Pois o hit de refrão perfeito que foi adotado pelo time desta blogueira para celebrar a reta final da conquista do Brasileirão do ano passado agora dá lugar há um clássico muito maior - até porque os prognósticos de vitória este ano apontam para conquistas maiores, néam? "Hey Jude", dos Beatles, ganhou nesta semana uma versão para a torcida celeste: "NA NA NA Vamos Ganhar/Vamos Ganhar Zêrooooo!!!". Dá para ouvir a versão musicada no site Geral Celeste.

Depois de Paul McCartney, vestindo um terninho azul, ser responsável por uma noite histórica na casa do Cruzeiro, quando, em 3 de maio do ano passado, fez a estreia mundial de sua turnê, tocou músicas dos Beatles que nunca tinham sido tocadas ao vivo, e ainda por cima disse uai, nada mais justo.
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