27 de abr. de 2015

O que eu trouxe da Colômbia na bagagem

Não, eles não estão à venda no free shop

Acho triste como, em plena era do acesso fácil à informação abundante, a gente às vezes simplesmente negligencia certas coisas. Nunca foi tão fácil e barato ouvir toda e qualquer música de todo e qualquer lugar do mundo e, no entanto, a maioria se limita a ouvir música local e aquela que ainda é jorrada dos Estados Unidos e da Inglaterra. Me incluo nessa; shame on me.

Veja só: precisei viajar até a Colômbia para ouvir um pouco do que se está produzindo de música contemporânea por lá (ok, pra não dizer que estou tão ruim assim lembro que pelo menos o Bomba Stereo eu já conhecia). Na minha viagem para Bogotá, onde fui ao festival Estereo Picnic em missão do meu amado Festivalando, tive a oportunidade de ver ao vivo dois artistas emergentes da cena local.

Na verdade, são dois duos. O La Tostadora é um coletivo audiovisual que faz o que eles denominam de "rayacoco bailador", aquele tipo que é capaz de se acabar de dançar tanto com cumbia, regaetton, quanto com house. Ou seja, um encontro esperto de música eletrônica com elementos populares e folclóricos.



A performance de palco da dupla também entrega essa união de tradição e modernidade. Como é de costume na cena eletrônica hoje, eles se apresentam mascarados. Mas de uma maneira bastante singular, os adereços os transformam em "dois caciques de rave", nos próprios termos da dupla. Por enquanto, o La Tostadora tem um EP no currículo, "Rayacoco Bailador".



A outra dupla é Pedrina y Río (em foto que abre este post), dona de um pop delicado e gracioso, recheado com camadas eletrônicas e guitarra. A primeira música do duo, "Enamorada", foi lançada despretensiosamente no ano passado, sem nenhum artifício promocional, em uma rádio independente de Bogotá, e logo se converteu em hit nacional, daquele tipo que os ouvintes pedem nas rádios. Neste ano sai o primeiro álbum da dupla.

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